domingo, 28 de dezembro de 2008

"Pensando bem" ...

Lembre-se: informação não é conhecimento; conhecimento não é sabedoria; sabedoria não é verdade; verdade não é beleza; beleza não é amor; amor não é música; pensar é o que há de melhor.”RM

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

domingo, 21 de dezembro de 2008

Momento Cult - Letra "A Canção Do Senhor Da Guerra"

Existe alguém
Esperando por você
Que vai comprar
A sua juventude
E convencê-lo a vencer...

Mais uma guerra sem razão
Já são tantas as crianças
Com armas na mão
Mas explicam novamente
Que a guerra gera empregos
Aumenta a produção...

Uma guerra sempre avança
A tecnologia
Mesmo sendo guerra santa
Quente, morna ou fria
Prá que exportar comida?
Se as armas dão mais lucros
Na exportação...

Existe alguém
Que está contando com você
Prá lutar em seu lugar
Já que nessa guerra
Não é ele quem vai morrer...

E quando longe de casa
Ferido e com frio
O inimigo você espera
Ele estará com outros velhos
Inventando
Novos jogos de guerra...

Que belíssimas cenas
De destruição
Não teremos mais problemas
Com a superpopulação...

Veja que uniforme lindo
Fizemos prá você
Lembre-se sempre
Que Deus está
Do lado de quem vai vencer...

Existe alguém
Que está contando com você
Prá lutar em seu lugar
Já que nessa guerra
Não é ele quem vai morrer...

E quando longe de casa
Ferido e com frio
O inimigo você espera
Ele estará com outros velhos
Inventando
Novos jogos de guerra...

Que belíssimas cenas
De destruição
Não teremos mais problemas
Com a superpopulação...

Veja que uniforme lindo
Fizemos prá você
Lembre-se sempre
Que Deus está
Do lado de quem vai vencer...

O senhor da guerra
Não gosta de crianças...

domingo, 7 de dezembro de 2008

Momento Cult - Humanos podem sentir 'cheiro de medo', diz estudo


04 de dezembro, 2008 - 09h05 GMT (07h05 Brasília)

Humanos podem sentir 'cheiro de medo', diz estudo

É possível sentir o "cheiro do medo", segundo um estudo da Stony Brook University, nos Estados Unidos, cujo resultado foi publicado nesta semana pela revista New Scientist.

O estudo pediu a 40 voluntários que estavam prestes a saltar de um avião em queda livre (no esporte sky diving), que colocassem um absorvente em suas axilas, para recolher o suor durante a queda. Estas amostras de suor "de medo" foram colocadas em nebulizadores junto a amostras "neutras". Foi pedido a outros voluntários que cheirassem essas amostras, enquanto seus cérebros eram observados em um exame de ressonância magnética.

Segundo a autora do estudo, Lilianne Mujica-Parodi, as partes do cérebro relativas ao medo, a amígdala e o hipotálamo, apresentaram maior atividade quando os voluntários sentiram o cheiro de suor dos sky divers.
Os autores não disseram aos voluntários qual era o objetivo da pesquisa, para não influenciá-los.
Não está claro se os voluntários que sentiram o cheiro realmente sentiram medo, mas para Mujica-Parodi, o fato de o "circuito do medo" no cérebro ter respondido ao cheiro "indica que pode haver um componente biológico escondido na dinâmica social humana, na qual o estresse emocional é, literalmente, 'contagioso'".
Já foi observada nos animais a capacidade de "passar mensagens" – como de perigo ou disponibilidade sexual - através de odores, mas ainda se discute se os humanos também têm essa habilidade.
Outras pesquisas já procuraram demonstrar que era possível identificar o "cheiro do medo" no suor de pessoas que tivessem assistido a filmes de terror, mas há dúvidas sobre os resultados.
Alguns críticos afirmam que os estudos não levaram em conta o quão diferente as pessoas reagem a filmes de terror. Eles também tendiam a usar questionários que poderiam influenciar as respostas, com perguntas como se o suor tinha cheiro de alguém que estava feliz, com raiva, ou com medo.
A pesquisa da Stony Brook University foi financiada pela DARPA, o braço de pesquisa do Exército americano, o que chegou a levantar suspeitas de que os militares poderiam estar tentando desenvolver uma arma que espalhasse o pânico nos inimigos, mas o Exército nega qualquer intenção neste sentido, segundo a News Scientist.
Segundo o psiquiatra Simon Wessely, do Centro de Pesquisa Militar de Saúde do King's College, em Londres, e consultor de saúde para o Exército britânico, a idéia é cientificamente implausível.
Ele lembra que estudos anteriores mostram que, para o medo ser efetivo, o contexto é crucial. "Você pode gerar os sintomas físicos do medo, mas as pessoas não necessariamente vão se sentir apavoradas", diz ele.

domingo, 23 de novembro de 2008

Enem 2008 – Notícia do Jornal Agora

Os estudantes gaúchos atingiram média de 45,06 pontos na prova objetiva e 62,57 na redação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2008), deixando o Rio Grande do Sul em primeiro lugar diante dos demais Estados da Federação. Os alunos superaram a média nacional, que neste ano ficou em 41,69 pontos na prova objetiva e 59,35 pontos na redação. Segundo dados preliminares do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep/MEC), 2,9 milhões de estudantes prestaram a prova este ano. No Estado, participaram 156 mil jovens. O exame avalia conhecimentos gerais e de redação de alunos do 3º ano do Ensino Médio e egressos de anos anteriores, por adesão.

O Rio Grande do Sul também obteve a melhor média entre as redes públicas nas provas dos concluintes, registrando 42,12 pontos na nota combinada das duas provas. A rede privada gaúcha fica na 10ª colocação, com média de 53,42 pontos. Na combinação da média entre as redes, o Estado atinge a segunda posição, com média de 43,42. Apesar dessa diferença entre as pontuações, o RS é um dos estados que tem menor diferença entre as notas dos estudantes das escolas públicas e particulares, com variação de 26,83% entre as médias.

Para a secretária estadual da Educação, Mariza Abreu, foi uma satisfação receber a notícia do primeiro lugar nos resultados do Enem deste ano, no entanto, alerta para a necessidade de preocupação com os resultados dos alunos do Ensino Fundamental, que têm caído nos últimos anos. "Daqui a um tempo, são esses estudantes que estarão realizando as provas do Ensino Médio. É por isso que precisamos recuperar a qualidade da educação, para que o Estado continue mantendo esses bons resultados", declarou.

De acordo com a coordenadora da 18ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Glacy Canary, os resultados do Enem por cidades devem ser enviados pelo MEC na próxima semana.

O desempenho dos estudantes brasileiros melhorou na redação e piorou na prova objetiva nesta edição do Enem. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), nas questões objetivas, a média caiu de 51,52, em 2007, para 41,69, neste ano. Na redação, o resultado cresceu de 55,99 para 59,35. A consulta dos candidatos ao boletim individual do Enem estará disponível no site do Inep (www.enem.inep.gov.br). Os estudantes receberão os boletins de desempenho da avaliação pelos Correios.


 


 


 

domingo, 16 de novembro de 2008

Exercício para texto o que é Refllexão?




O que é reflexão?

Reflexão significa movimento de volta sobre si mesmo ou movimento de retorno a si mesmo. A reflexão é o movimento pelo qual o pensamento volta-se para si mesmo, interrogando a si mesmo.
A reflexão filosófica é radical porque é um movimento de volta do pensamento sobre si mesmo para conhecer-se a si mesmo, para indagar como é possível o próprio pensamento.
Não somos, porém, somente seres pensantes. Somos também seres que agem no mundo, que se relacionam com os outros seres humanos, com os animais, as plantas, as coisas, os fatos e acontecimentos, e exprimimos essas relações tanto por meio da linguagem quanto por meio de gestos e ações.
A reflexão filosófica também se volta para essas relações que mantemos com a realidade circundante, para o que dizemos e para as ações que realizamos nessas relações.
A reflexão filosófica organiza-se em torno de três grandes conjuntos de perguntas ou questões:
1. Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos e fazemos o que fazemos? Isto é, quais os motivos, as razões e as causas para pensarmos o que pensamos, dizermos o que dizemos, fazermos o que fazemos?
2. O que queremos pensar quando pensamos, o que queremos dizer quando falamos, o que queremos fazer quando agimos? Isto é, qual é o conteúdo ou o sentido do que pensamos, dizemos ou fazemos?
3. Para que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos, fazemos o que fazemos? Isto é, qual é a intenção ou a finalidade do que pensamos, dizemos e fazemos?
Essas três questões podem ser resumidas em: O que é pensar, falar e agir? E elas pressupõem a seguinte pergunta: Nossas crenças cotidianas são ou não um saber verdadeiro, um conhecimento?
Como vimos, a atitude filosófica inicia-se indagando: O que é? Como é? Por que é?, dirigindo-se ao mundo que nos rodeia e aos seres humanos que nele vivem e com ele se relacionam.
São perguntas sobre a essência, a significação ou a estrutura e a origem de todas as coisas.
Já a reflexão filosófica indaga: Por quê?, O quê?, Para quê?, dirigindo-se ao pensamento, aos seres humanos no ato da reflexão. São perguntas sobre a capacidade e a finalidade humanas para conhecer e agir.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Para quem tem coragem de refletir .... Pós reunião kkk

Vale a pena ler ... Recebi através de e-mail
Criando um monstro
O que pode criar um monstro?
O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por... Nada?
Será que é índole?
Talvez, a mídia?
A influência da televisão?
A situação social da violência?
Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade? O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes?
O rapaz deu a resposta: 'ela não quis falar comigo'. A garota disse não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante.
Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.
Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça.
O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas... Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.
Os pais dizem, 'não posso traumatizar meu filho'. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias. Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.
Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.
Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara.
Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora - e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Estética uma disciplina filosófica

Cotidianamente observamos e mesmo utilizamos o termo estética em expressões como estética facial, corporal, senso estético, decoração estética; ou para designar formas históricas do fazer artístico como estética do Barroco, estética renascentista etc.Este uso impreciso causa algumas dificuldades para compreendermos a Estética como disciplina filosófica, mas indica o caráter dinâmico do objeto investigado por este campo da filosofia.

A filosofia da arte ou Estética (há autores que estabelecem uma sutil diferenciação entre estes termos, que não trataremos aqui) é a investigação de diversos vetores relacionados à arte: as formas artísticas, o trabalho artístico, a obra de arte, o processo de criação, a relação entre matéria e forma, a relação com a sociedade, com a política e com a ética.
Nestes 25 séculos de existência da Filosofia destacam-se dois grandes momentos de teorização da arte: primeiro das artes como poética, ou seja, das artes como fabricação humana de coisas e gestos; e, segundo, as artes sob a forma da estética, como criação de uma obra movida pela faculdade de sentir. O primeiro momento foi inaugurado por Platão e Aristóteles e o segundo ocorre a partir do século XVIII.
Compreensão da arte
O termo estética é a tradução do vocábulo grego “aesthesis”, que significa compreensão pelos sentidos, experiência, sensibilidade. Inicialmente o pensador alemão Baumgarten usava a palavra Estética para designar o estudo das obras de arte criadas pela sensibilidade com a finalidade de “concretizar” o Belo.
Mas qual a diferença entre os dois grandes impulsos teóricos - o antigo e o moderno - acerca da arte? Resposta: o que difere é a compreensão do que é arte.
Para os gregos, a arte é técnica, ou seja, é qualquer atividade humana que obedece a um conjunto de regras. Portanto, a medicina é arte, a política é arte, a lógica é arte etc.Aristóteles chega inclusive a separar a ação (práxis) de fabricação (poiesis). Assim, política e ética são ciências da ação e as artes atividades de fabricação.
Sabemos que a sociedade grega clássica despreza o trabalho manual, conseqüentemente é estabelecida uma hierarquia entre as artes que é mantida até o século XV: as artes liberais (gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e música) dignas do homem livre, são superiores às artes mecânicas (medicina, arquitetura, agricultura, pintura, escultura, olaria, tecelagem etc), próprias do trabalho manual.
A partir da Renascença há um intenso movimento de valorização das artes mecânicas que culmina no final do século XVIII, como a distinção entre as artes cuja finalidade é serem úteis (medicina, agricultura, culinária, artesanato) e as artes cujo fim é a criação da beleza (pintura, escultura, arquitetura, poesia, música, teatro, dança), que conhecemos como as belas-artes.
Arte contemporânea
A Estética, como investigação filosófica nos séculos XVIII e XIX, considera a arte como composta de três vértices: o artista, como o gênio criador; a obra, receptáculo da Beleza e o público que julga e avalia o objetivo artístico verificando se o artista realizou ou não a Beleza, valor universal que não precisa ser demonstrado, inferido, provado.
A partir do século XX, as artes passam a ser pensadas para além das fronteiras do Belo. Arte não é mais apenas a produção da beleza, mas é forma de expressão de emoções e desejos, forma de interpretar e criticar a realidade, atividade criadora de procedimentos novos para a invenção de objetivos artísticos etc. Em nossa era, a Estética aproxima-se da idéia da arte como trabalho, e não como sensibilidade genial e contemplação.
Podemos então, resumidamente, perceber três momentos históricos de compreensão diferenciada da arte.
Primeiras a arte e a técnica se confundem e não está, inexoravelmente, vinculada à Beleza – qualquer atividade humana é techné em Platão e essa técnica se subdividirá em práxis e poiesis, em Aristóteles.
Segundo, a reflexão sobre a produção artística passa a se denominar Estética, vinculando-se etimologicamente arte a sensibilidade. Desta perspectiva, a arte não é apenas técnica e sim uma forma autônoma de criação do Belo por parte do artista genial, a ser julgada por todos que a contemplem.
Terceiro, a arte contemporânea reata de forma renovada a arte à técnica, ou mais precisamente, à tecnologia e o fazer artístico passa a ter várias outras finalidades além de manifestar a Beleza.
A Estética ou Filosofia da Arte analisa ainda a relação entre arte e natureza, arte e humano e finalidade-funções da arte. Esta conversa, no entanto, fica para uma próxima vez.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Bioética - Uma ciência preocupada com a vida.

A Bioética é uma ciênda nova. Tem 30 anos. Teve início na década de 70, quando se começou a ver que o avanço das tecnologias necessitava de um acompanhamento ético, sobretudo as biociências. Criou-se o termo bioética, justamente para que possamos fazer com que estas ciências relacionadas à vida, às tecnologias, possam servir ao ser humano, ajudá-lo no seu processo de humanização. Hoje, o termo bioética abrange toda a preocupação voltada à vida, mas também alcançando seres não vivos, numa visão da criação toda.
Há um pluralismo muito grande dentro da Bioética e o consenso mal está começando a se fazer. Por que pluralismo? Porque as mais diferentes ciências são interpeladas e começam a responder aos desafios da Bioética. Aparecem também profissionais, os mais diversos, tendo que se pronunciar sobre as questões de Bioética, seja do nascer, seja do morrer, seja das questões de saúde ou de engenharia genética, ou até ambientais. E por isso há uma diversidade de posições, que nem sempre formam um real consenso.
A Bioética tem a dizer aos jovens que a vida vale a pena e ela é tão bonita que nós não queremos cuidar dela pela metade, ou uma parte. Porque eu não sou feliz se cuido só de um pedaço de mim. Eu quero ser feliz por inteiro, e quero, no seu todo, crescer. Hoje, segundo os avanços da Bioética, isto significa pensar também no social, no ambiental, sendo a ecologia uma das preocupações. Temos que pensar no ser humano por inteiro para ser feliz, não numa dimensão apenas.
Conteúdo da Bioética
A Bioética se ocupa do nascer, do morrer, mas também do percurso que se faz entre o nascer e o morrer. E aí ela se preocupa com a qualidade da vida existente. Com relação ao nascer, entram todas as questões relacionadas ao início da vida: quando é que começa a vida? Podemos intervir no nascimento? Aí entram todas as correntes abortistas, as tecnologias relativas ao genoma humano, engenharia genética. Será que podemos mexer no embrião humano? Podemos utilizar as células dos primeiros dias? São células chamadas tronco, e por isso serviriam muito bem para formar, desenvolver tecidos e órgãos em laboratório, para reposição de órgãos no ser humano, transplantes. Há toda uma gama de interrogações.
A ética cristã, que dá sua colaboração grande para a Bioética, diz que desde o primeiro instante da fecundação estamos diante de um ser humano, com direito à vida. Portanto, diz não ao aborto em qualquer estágio, e não à utilização de células tronco do embrião humano.
Quanto ao fim da vida, a bioética tem se ocupado com as seguintes questões: quando é que realmente termina a vida? como acompanhar o final da vida do ser humano? No passado a gente pensava que era parada respiratória. Depois a gente viu que é quando o coração pára. Hoje a gente se dá conta de que é quando o cérebro pára. Uma outra questão bioética que está aparecendo quanto ao final da vida é a eutanásia. Por que não, diante de uma situação de doença crônica e de dores, deixar aplicar ao paciente uma dosagem para que morra logo? Na verdade, aí entra a contribuição cristã. A Bioética diz que nunca temos que abreviar a vida de alguém, no sentido de uma eutanásia, uma ação premeditada abreviando a vida, mas preservá-la, dando os tratamentos básicos, podendo dar alguma dose de remédio para aliviar a dor, mas nunca para matar. Nunca se suspende o tratamento básico. Mas também não vai se estender, entubando a pessoa, quando já morreu. Dá-se o tratamento proporcional à situação da pessoa. E quando a morte vai chegando, devemos deixar a vida seguir o seu curso, dando tratamento básico, e respeitando esse momento da morte que chega, com presença humana e espiritual à pessoa doente.
Qualidade de vida
Entre o nascer e o morrer, a Bioética se ocupa também da qualidade da vida existente: o cotidiano
da vida das pessoas. A Bioétíca vai olhar e vai dar uma atenção especial à saúde, habitação, segurança, emprego, educação. E aí a Bioética analisa o sistema social, a questão política e econômica. Chega a rastrear, então, todas as disparidades sociais existentes em nosso país, que faz com que poucos tenham muito e muitos tenham quase nada ou muito pouco, o que é um atentado à vida destas pessoas, à qualidade de suas vidas.
Qualidade de vida não é só ter coisas. Muitos pensam que é ter, é prazer, é se entregar ao consumismo desenfreado. Na verdade, qualidade de vida é sustentar a vida humana, mesmo com o necessário, porém com qualidade do material necessário para viver dignamente; com afeto das relações humanas, de pessoas que se querem bem; com o espiritual, que já é básico na nossa vida; com a saúde, educação, equilíbrio das diferentes dimensões do ser humano.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Horário de Verão 2008/2009

Período de vigência: 00h de 19/10/2008 até 00h de 15/02/2009, conforme decreto n° 6.558 de 08/09/2008.

Tabela com Horário de Verão

Estados e Ilhas

Referência

        

ao Tempo Universal Coordenado (UTC)

à hora de Brasília

ACRE

 -4 00

 -2 00

ALAGOAS

 -3 00

 -1 00

AMAPÁ

-3 00

-1 00

AMAZONAS  

-4 00

-2 00 

BAHIA

-3 00

-1 00

CEARÁ

-3 00

-1 00

ESPIRITO SANTO

 -2 00

 0 00

GOIÁS

 -2 00

 0 00

ILHAS:
Arquipélago de São Pedro e São Paulo
Atol das Rocas
Fernando de Noronha
Martin Vaz
Trindade

 -2 00

 0 00

MARANHÃO

 -3 00

 -1 00

MATO GROSSO E MATO GROSSO DO SUL

 -3 00

 -1 00

MINAS GERAIS

 -2 00

 0 00

PARÁ  

  -3 00

   -1 00

PARAÍBA

 -3 00

 -1 00

PARANÁ

 -2 00

 0 00

PERNAMBUCO

 -3 00

 -1 00

PIAUÍ

 -3 00

 -1 00

RIO DE JANEIRO

 -2 00

 0 00

RIO GRANDE DO NORTE

 -3 00

 -1 00

RIO GRANDE DO SUL

 -2 00

 0 00

RONDÔNIA

 -4 00

 -2 00

RORAIMA

 -4 00

 -2 00

SÃO PAULO

 -2 00

 0 00

SERGIPE

 -3 00

 -1 00

SANTA CATARINA

 -2 00

 0 00

TOCANTINS

-3 00

-1 00

UTC - 4 horas 

UTC - 3 horas

UTC - 2 horas 

Como Proceder para Ajustar os Relógios

Lista dos Estados

O decreto 6.558 determina os estados em que vigorará a Hora de Verão.

Início do Horário de Verão

Nesses Estados, na passagem de sábado para o terceiro domingo de outubro, às 00:00 ( zero hora ) os relógios deverão ser adiantados de 1 hora, ou seja: deverão ser alterados para 01:00 ( uma hora ) da manhã de domingo.

Término do Horário de Verão

Nesses Estados, na passagem de sábado para o terceiro domingo de fevereiro, às 00:00 ( zero hora ) os relógios deverão ser atrasados de 1 hora, ou seja: deverão ser alterados para 23:00 ( vinte e três horas ) de sábado.
Obs.: No ano em que houver coincidência entre o domingo previsto para o término da hora de verão e o domingo de carnaval, o encerramento da hora de verão dar-se-á no domingo seguinte.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Dever e obrigação

Dever e obrigação

O que é um dever e o que é uma obrigação?

Muitas vezes, na diferenciação de termos sinônimos conseguimos entender temas de muita profundidade. Um desses casos diz respeito aos termos "dever e obrigação". São sinônimos? Sim, pois têm significados parecidos: tanto um quanto o outro são "regras impostas" à vontade ". Mas, qual a diferença de significado? Vejamos:


Quadro de esclarecimento de sinônimos

Semelhanças entre elas

Palavras sinônimas

Diferenças entre elas



Ambas são regras impostas à sociedade

Dever

O dever é uma regra imposta pela razão, pela consciência.

Obrigação

A obrigação é uma regra imposta pela lei, com as competentes punições


A partir desses esclarecimentos, podemos perguntar:

  1. Um aluno presta atenção à aula por dever ou por obrigação?

Resposta?

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A Política

Ao decidir fazer algo, o ser humano deve levar em conta seus interesses. O interesse é o objetivo que a decisão poderá alcançar. Por exemplo: quando alguém decide estudar, acredita que, com um nível mais alto de conhecimento, poderá conseguir uma ascensão, seja profissional, social ou interior. Esse mesmo alguém prefere o estudo ao analfabetismo. Estão implicados nesta ação o interesse em ascender e a decisão de se alfabetizar. Em filosofia, isso é o que chamamos de valor. Todo ato humano está fundamentado em determinados valores, em determinados interesses; para dizer de outra maneira, sempre que fazemos alguma coisa, temos em mente algum objetivo a ser alcançado com aquela ação.
Até aqui, a discussão se fez em um nível particular. A discussão sobre a orientação das ações humanas em caráter particular é chamada de ética; é ela quem pode nos ensinar a bem conduzir nossas vidas. Mas, quando alguém procura conduzir a um público maior seu interesse e sua decisão, a fim de que esse público se engaje, ele está exercendo aquilo que denominamos de política. Se a ética é a reflexão sobre a fundamentação dos atos humanos em sua particularidade - isto é, no que diz respeito à vida privada de cada indivíduo -, a política é a reflexão sobre os atos humanos que se cometem em sociedade, na vida pública. O engajamento do público se dará pelos interesses que estiverem em jogo.
Portanto, política é a tomada de decisões que visem objetivar interesses que irão refletir na coletividade. Deve ficar claro para você que ética e política devem sempre andar juntas, pois, se vivemos em sociedade, é muito difícil distinguir se determinadas ações quê fazemos terão conseqüências apenas privadas ou se estenderão para outras pessoas, na esfera pública. Apenas um exemplo: se alguém decide estudar para conseguir certa ascensão social, isso não diz respeito apenas a essa pessoa; para a coletividade, faz muita diferenca tomar parte dela um indivíduo analfabeto ou um indivíduo bem formado.
No momento em que se fala sobre política, logo vem à mente o governo. Faz-se a relação de que fazer política é governar. Se pensarmos assim, apenas poucas pessoas "fazem política". Mas será que, de fato, a política é apenas exercida na esfera do governo?
Também se faia muito que vivemos sob a forma de governo chamada democracia. Abrimos um jornal ou uma revista e lá está essa palavra esta.mpada. Na televisão e no rádio também se diz muito sobre ela. Mas que coisa é essa? O que é a democracia? Você já pensou a respeito?

  • Por que muitas políticas consideram a filosofia perigosa?
  • Por que muitas filósofias consideram a política perigosa?
  • O conceito pejorativo de política identificado a "politicagem", muitas vezes se deve à não separação entre o público e o privado. Explique.

domingo, 28 de setembro de 2008

PORQUE VOTAR NULO?









PORQUE VOTAR NULO

O voto nulo é uma maneira de fazer política não institucional. Seus defensores não pretendem o acesso a cargos públicos por meio de eleições, mas criar as condições necessárias para a realização de reformas político-institucionais concretas. Partimos do princípio de que as coisas estão ruins e podem melhorar, mas para que isto ocorra os caciques políticos devem perder o controle do processo político. Isto somente ser feito através da recusa de participar de eleições e também por meio da sabotagem da propaganda dos Partidos com registro na Justiça Eleitoral. É fundamental mostrar as contradições e mentiras que têm sido usadas para manter os mesmos lideres no poder. Ao se recusar a legitimar o sistema representativo, o militante do voto nulo almeja paralisar o Estado para que o mesmo possa ser reformado por novas lideranças que surgirão. Caso esteja cansado da sonolência e maresia que tem sido a política no Brasil, participe do movimento fazendo campanha do voto nulo.

A Ideologia

A ideologia pode ser considerada o conjunto de ideias, concepções ou opiniões sobre algum ponto sujeito a discussão Por exemplo, a ideología da raça pura.
Ou, ainda, ideologia significa o conjunto de idéias sistematizadas que justificam determinada prática Por exemplo, a ideologia de, um partido político, a ideologia religiosa ou a ideologia de uma escola.
Ora, onde existe sociedade dividida em classes, há exploração do trabalho e separação entre trabalho intelectual e trabalho manual Tal situação leva à alienação, uma vez que a grande maioria dos trabalhadores perde a autonomia.
É justamente a ideologia que não permite a percepção da alienação e impede a revolta contra a dominação. Sem precisar recorrer à violência fisica, a ideologia mantém o consenso e a coesão da sociedade, escondendo as distorções, mascarando as desigualdades sociais e ocultando a exploração.

A ideologia é o conjunto de representações e idéias, bem, como de normas de
conduta por meio das quais o homem é levado a pensar sentir e agir da maneira que convém à
classe dominante Essa consciência da realidade é uma falsa consciência, porque camufla a divisão existente dentro da sociedade, apresentando-a como una e harmônica, como se todos partilhassem dos mesmos objetivos e ideais .

Revendo a ideologia, no sentido positivo, exerce a função de címento do grupo social, tornando a sociedade de fato unida em torno de crenças comuns que fazem justamente a força das tradíções. No sentido negativo a unidade é falsa, pois esconde a divisão injusta da sociedade para manter a dominação.
Examinemos alguns exemplos:
O trabalhador braçal geralmente é semi-analfabeto (não frequentou escola ou abandonou os estudos muito cedo), ganha mal, não tem casa própria, não melhora seu padrão de vida, os filhos reproduzem seus passos.
Uma interpretação ideologica justificaria a situação da seguinte maneira: ele é um trabalhador braçal porque não tem competência para outro tipo de serviço; não fez o devido esforço para estudar (talvez por preguiça ou por deficiência intelectual) Se não tem bens é porque esbanjou o que ganha, não fez poupança, se não melhora o padrão de vida é porque não cumpre as exigências de um bom empregado, aplicado e perseverante. Em todo caso, convém não perder as esperanças, um dia a sorte poderá lhe sorrir. E, quem sabe, com esforço seu filho possa até se formar doutor !
As justificatívas são todas de ordem individual, como se cada homem fosse o único responsável pelo seu próprio destino. Embora seja verdadeiro que as pessoas são sempre responsáveis elas suas escolhas, em sociedades de classes as oportunidades oferecidas não são iguais, o que lança os desprivilegiados em um
"jogo de cartas marcadas" no qual as chances de melhorar dependem menos deles e mais daqueles que detêm os meios de produção.
Isso significa que os bens produzidos pela sociedade serão usufruídos por uma minoria. A exclusão e evasão escolar não ocorrem porque as crianças pobres são poucas inteligentes ou preguiçosas, mas porque esse bem é de fato negado a elas. O mesmo acontece com a melhor remuneração do trabalho, o direito à produção e, consumo da cultura, o acesso ao lazer etc .
O discurso ideológico impede que o oprimido tenha uma visão propria do mundo porque lhe impõe os valores da classe dominante, tornados universais. Além disso, "naturaliza" as ações humanas, explicando-as como decorrentes da "ordem natural das coisas" e não como o resultado da injusta repartição dos bens .

domingo, 21 de setembro de 2008

Pensando bem !!! ...

1. Um aluno presta atenção à aula por dever ou por obrigação?

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Afinal, o que é Ética?

A origem da palavra ética vem do grego “ethos”, que quer dizer o modo de ser, o caráter. Os romanos traduziram o “ethos” grego, para o latim “mos” (ou no plural “mores”), que quer dizer costume, de onde vem a palavra moral. Tanto “ethos” (caráter) como “mos” (costume) indicam um tipo de comportamento propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com ele como se fosse um instinto, mas que é “adquirido ou conquistado por hábito” (VÁZQUEZ). Portanto, ética e moral, pela própria etimologia, diz respeito a uma realidade humana que é construída histórica e socialmente a partir das relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.
No nosso dia-a-dia não fazemos distinção entre ética e moral, usamos as duas palavras como sinônimos. Mas os estudiosos da questão fazem uma distinção entre as duas palavras. Assim, a moral é definida como o conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social. A moral é normativa. Enquanto a ética é definida como a teoria, o conhecimento ou a ciência do comportamento moral, que busca explicar, compreender, justificar e criticar a moral ou as morais de uma sociedade. A ética é filosófica e científica.
“Nenhum homem é uma ilha”. Esta famosa frase do filósofo inglês Thomas Morus, ajuda-nos a compreender que a vida humana é convívio. Para o ser humano viver é conviver. É justamente na convivência, na vida social e comunitária, que o ser humano se descobre e se realiza enquanto um ser moral e ético. É na relação com o outro que surgem os problemas e as indagações morais: o que devo fazer? Como agir em determinada situação? Como comportar-me perante o outro? Diante da corrupção e das injustiças, o que fazer?
Portanto, constantemente no nosso cotidiano encontramos situações que nos colocam problemas morais. São problemas práticos e concretos da nossa vida em sociedade, ou seja, problemas que dizem respeito às nossas decisões, escolhas, ações e comportamentos - os quais exigem uma avaliação, um julgamento, um juízo de valor entre o que socialmente é considerado bom ou mau, justo ou injusto, certo ou errado, pela moral vigente.
O problema é que não costumamos refletir e buscar os “porquês” de nossas escolhas, dos comportamentos, dos valores. Agimos por força do hábito, dos costumes e da tradição, tendendo à naturalizar a realidade social, política, econômica e cultural. Com isto, perdemos nossa capacidade critica diante da realidade. Em outras palavras, não costumamos fazer ética, pois não fazemos a crítica, nem buscamos compreender e explicitar a nossa realidade moral.
No Brasil, encontramos vários exemplos para o que afirmamos acima. Historicamente marcada pelas injustiças sócio-econômicas, pelo preconceito racial e sexual, pela exploração da mão-de-obra infantil, pelo “jeitinho” e a “lei de Gerson”, etc, etc. A realidade brasileira nos coloca diante de problemas éticos bastante sérios. Contudo, já estamos por demais acostumados com nossas misérias de toda ordem.
Naturalizamos a injustiça e consideramos normal conviver lado a lado as mançôes e os barracos, as crianças e os mendigos nas ruas; achamos inteligente e esperto levar e os mendigos nas ruas; achamos inteligente e esperto levar vantagem em tudo e tendemos a considerar como sendo etário quem procura ser honesto. Na vida pública, exemplos é o que não faltam na nossa história recente: «anões do orçamento”, impeachment de presidente por corrupção, compras de parlamentares para a reeleição, os medicamentos "b o", máfia do crime organizado, desvio do Fundef, etc. etc.
Não sem motivos fala-se numa crise ética, já que tal realidade não pode ser reduzida tão somente ao campo político-econômico. Envolve questões de valor, de convivência, de consciência, de justiça. Envolve vidas humanas. Onde há vida humana em jogo, impõem-se necessariamente um problema ético. O homem, enquanto ser ético, enxerga o seu semelhante, não lhe é indiferente. O apelo que o outro me lança é de ser tratado como gente e não como coisa ou bicho. Neste sentido, a Ética vem denunciar toda realidade onde o ser humano é coisificado e animalizado, ou seja, onde o ser humano concreto é desrespeitado na sua condição humana.

domingo, 31 de agosto de 2008

Pensando Bem !!!

Qual a idade do seu cérebro?

OLA MEUS AMIGOS!

VEJA SE VOCÊ ESTÁ COM AS IDÉIAS EM DIA...

Qual a idade do seu cérebro?

(clik no link abaixo)

Este jogo japonês vai mostrar pra vc se seu cérebro é mais jovem que vc ou mais velho que o resto do seu corpo!

Como jogar:

1. Tecle "start"
2. Aguarde pelo 3, 2, 1.
3. Memorize a posição dos números e clique nos círculos, sempre do menor para o maior número.
Nota: Comece com o ZERO se ele estiver presente.
4. No final do jogo, o computador vai dizer a idade do seu cérebro!!!

Bom Jogo

http://flashfabrica.com/f_learning/brain/brain.html


quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Tolerância???

Martin Niemöller, 1892-1984 Pastor Protestante

"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei . No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para protestar..."

domingo, 24 de agosto de 2008

Pensando bem ...

Os portais do paraíso

Um orgulhoso guerreiro chamado Nobushige foi até Hakuin, e perguntou-lhe: "Se existe um paraíso e um inferno, onde estão?" "Quem é você?" perguntou Hakuin. "Eu sou um samurai!" o guerreiro exclamou. "Você, um guerreiro!" riu-se Hakuin. "Que espécie de governante teria tal guarda? Sua aparência é a de um mendigo!".
Nobushige ficou tão raivoso que começou a desembainhar sua espada, mas Hakuin continuou: "Então você tem uma espada! Sua arma provavelmente está tão cega que não cortará minha cabeça..."
O samurai retirou a espada num gesto rápido e avançou pronto para matar, gritando de ódio. Neste momento Hakuin gritou:
"Acabaram de se abrir os Portais do Inferno!"
Ao ouvir estas palavras, e percebendo a sabedoria do mestre, o samurai embainhou sua espada e fez-lhe uma profunda reverência.
"Acabaram de se abrir os Portais do Paraíso," disse suavemente Hakuin.

O inferno é perder o controle apesar do poder. O paraíso é manter o controle, apesar do medo.

Conto Zen.

domingo, 17 de agosto de 2008

Pensando Bem ...

Estrada do sol

Tom Jobim e Dolores Duran


 

É de manhã

Vem o sol

Mas os pingos da chuva

Que ontem caíram

Ainda estão a brilhar

Ainda estão da dançar

Ao vento alegre

Que me traz esta canção


 

Quero que você

Me dê a mão

Vamos sair por aí

Sem pensar

No que foi que sonhei

Que chorei, que sofri

Pois a nova manhã

Já me fez esquecer

Me dê a mão

Vamos sair pra ver o sol


 

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

domingo, 3 de agosto de 2008

O que é Antropologia?

“Desde a aurora da cultura ocidental... a reflexão sobre o homem, aguilhoado pela interrogação ‘o que é o homem?’, permanece no centro das mais variadas expressões da cultura: mito, literatura, ciência, filosofia, ethos e polícia. Nela emerge com fulgurante evidência essa singularidade própria do homem que é a de ser o interrogador da si mesmo...”
(Lima Vaz).
Genericamente, compreende-se por Antropologia o estudo sobre o homem.Desta forma, o homem é objeto de estudo dos mais diferentes saberes científicos (Antropologia biológica, Antropologia cultural ou social, Antropologia econômica, Antropologia política...), bem como é objeto da interrogação filosófica (Antropologia filosófica).E a reflexão filosófica sobre o homem esta presente em todo o desenvolvimento histórico da filosofia.E esse desenvolvimento histórico encontra-se as mais diversas concepções de homem (concepção grega, concepção cristã, concepções modernas e contemporâneas).Isto significa que para o homem é fundamental o interrogar-se sobre si mesmo, formulando uma idéia que torne compreensível e de sentido à sua existência.
Face à pluralidade e diversidade de saberes sobre o homem, cabe à Antropologia filosófica, levando em consideração as contribuições apresentadas pelas diferentes ciências do homem, bem como os problemas e temas presentes na tradição filosófica, a elaboração de uma idéia unitária de homem que, tendo em vista a constituição ontológica do ser humano, responda ao problema fundamental “o que é homem?”
Dada a complexidade da interrogação filosófica sobre o ser humano, apresentamos alguns elementos fundamentais de uma antropologia filosófica.
Ser de possibilidades
A “experiência originária” do ser humano é a de que ele é responsável pelo seu ser.Isto significa que o ser humano recebe a sua existência como possibilidade.Não nasce plenamente determinado.Sua existência é, fundamentalmente, tarefa de construção de si mesmo, de realização de si mesmo.
Ser de possibilidades, o ser humano é um ser de inevitáveis decisões.E nas decisões vai realizando sua vida e dando sentido à sua existência.Constituindo o seu modo de ser.Este é o sentido fundamental do ser livre, da liberdade.Como ser de possibilidades, o ser humano é, constitutivamente, um ser da liberdade.Em suas decisões livres vai se tornando o que é.
Ser relacional
Um dos constitutivos ontológicos fundamentais do ser humano é o de que o homem é um ser-de-relações.Realiza suas possibilidades de ser nas e pelas relações que o constituem.
As relações fundamentais do ser humano, através das quais vai realizando sua vida, são: relação consigo mesmo, relação com o mundo, relação com os outros e relação com a Transcendência (o absolutamente Outro).
O homem é relação consigo mesmo por ser um ser-consciente.Como ser consciente é ser-sujeito.E a subjetividade é a configuração mais própria do que se é. E a construção da subjetividade se da pelas decisões livres e na e pelas relações que constituem o ser humano.
Ser-no-mundo, como constitutivo do ser humano, desvela a radical contingência e finitude da existência humana.E a historicidade da existência humana.E o lugar no qual vai construindo seu modo de ser e agir.
Relação fundamental é a relação com os outros.O ser humano é subjetividade que se constrói e se define na intersubjetividade.A alteridade (outreidade) desvela que o ser humano só é o que é, em sua liberdade, com outro.Decidir-se para si é decidir-se pelo outro.
Ser finito e contingente, o ser humano é abertura para a Transcendência.Para o absolutamente Outro.Horizonte último e radical que da sentido à existência humano.E o absolutamente Outro se revela no rosto do outro.
Ser pessoa
A unidade fundamental de realização do ser humano, desvelação de sua essência, é o ser pessoa.Ser corpóreo, psíquico, espiritual, ser-de-relações, ser de possibilidades, finito, e contigente, o homem auto-realiza-se como pessoa.Como pessoa, o homem é sujeito, ser consciente e livre.É uma substância espiritual como liberdade pessoal.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Reportagem da Revista Carta Capital - Referência fast-food

Cultura

Referência fast-food
por Antonio Luiz Monteiro Coelho da Costa

A qualidade de boa parte da informação oferecida pela Wikipédia, a enciclopédia das novas gerações, está abaixo da crítica
Gerações anteriores de estudantes de classe média usaram a Barsa, a Mirador ou a Larousse da família, às vezes até uma biblioteca. Copiavam, claro, mas ao menos tinham de ler o texto para passá-lo ao papel almaço com a caneta.A atual tem uma só referência e gasta menos tempo. Em “Só faço trabalho com Wikipédia”, comunidade do Orkut, uma usuária escreve: “No Google aparecem várias coisas e a gente não sabe qual está certa... Já na Wiki vai diretinho!” Outra responde: “É bom porque não precisa gastar tempo procurando, é só ir lá que o trabalho já está feito. O único trabalho é apertar Ctrl+c e Ctrl+v, mandar imprimir e acabou...” Parece que funciona. Sinal de conivência dos professores, pois é igualmente fácil checar, com qualquer buscador, se o texto foi colado da internet sem roçar a massa cinzenta do aluno. Pensando bem, talvez nem sempre isso seja ruim. Estudar certos verbetes da Wikipédia é pôr em risco tudo o que se aprendeu, se não a sanidade mental. Uma advertência do ministério competente não estaria fora de lugar.O artigo Ditaduras, centenas de vezes editado e revisado desde 2004, é um texto raso, confuso, mal escrito, quase ininteligível: “O termo ditadura tem o significado de oposição à democracia, onde o modelo democrático-liberal deixa de existir e a legitimidade passa a ser questionada, pois as ditaduras modernas são um movimento totalitário...” Arremata, triunfal: “Liberdade democrática é o direito que todos os cidadãos têm de escolher um ou mais representantes que governarão o país tendo em conta os interesses de todos os cidadãos. Essa liberdade é congestionada (sic) numa ditadura”.O verbete Arianos, com histórico similar, é outro feixe de tolices e contradições. Começa já discutível: “Esta página é sobre o povo antigo que colonizou a Índia”. Seguem informações ainda mais duvidosas ou errôneas: “Por volta dos anos 8000 a.C. e 5000 a.C. um povo de língua indo-européia originário de uma zona localizada entre o Mar Negro e Mar Cáspio, nas montanhas do Cáucaso, migrou por toda a Eurásia”. No parágrafo seguinte cai no absurdo: “A maioria da população européia é de origem ariana, daí a denominação da maior parte raça européia. Existem influências pré-arianas como os lusitanos, iberos e os ilusivos (sic) bascos”. Termina com uma tripla barbaridade: “Os arianos são de origem védica, da região conhecida como Tâmil, próximo da região bengali”.O desvairado verbete Nova Ordem Mundial (conspiração) passou por dezenas de revisões e continua a dizer: “Criou-se, através do governo oculto, o mito da ecologia. É dada às crianças a liberdade de ir e vir, ao mesmo tempo em que se combate qualquer tipo de trabalho infantil, e se impede que as escolas usem medidas de controle contra os alunos. Por influência de uma alimentação suspeita de ser à base de hormônios, a média de altura de 1,70 m para homens adultos subiu para 1,80 m. Com isso, qualquer criança de 12 anos acaba sendo maior que seus pais, impossibilitando seu controle.” Um administrador mais sensato propôs eliminá-lo. Foi contestado: “Tem nas outras (línguas), na nossa também deve ter”.Verbetes de (auto)promoção são comuns. Por exemplo, o do medíocre escritor paulista Orlando Paes Filho: “Baseada em uma precisa pesquisa histórica de fatos e pensamentos da Idade Média, a saga de Angus se estenderá (sic) por sete livros e cobrirá doze séculos da nossa (sic) história”. Ou o da marca Close-up: “Com este nome a Unilever mantém um projeto de prevenção e promoção de saúde bucal (...). A marca é um dos grandes destaques do mercado publicitário”. Seguem vínculos para sites de propaganda. Ou Dove: “Uma marca de história e um caso de sucesso no mundo inventivo do marketing de produtos”.Também nos EUA, estudantes se acostumam com informação instantânea a tal ponto que procurar uma ou duas horas por uma boa fonte lhes parece absurdo. Um estudo sobre hábitos de pesquisa no conceituado Wellesley College, de Massachusetts, fez seis questões a alunos de uma turma de computação. Menos de 2% usaram fontes fora da internet para responder a qualquer delas. E a maioria se satisfez com a primeira informação que encontrou, sem conferi-la em outras fontes.“Wiki”, em havaiano, é “rápido”. Rápido demais. O projeto surgiu em 2001. Larry Sanger era, desde o ano anterior, o editor-chefe de um projeto sério, a Nupedia: uma enciclopédia on-line gratuita, de qualidade profissional, escrita e revisada por especialistas com, pelo menos, grau de doutorado.A exigência de rigor exigia tempo e a Free Software Foundation, fornecedora da tecnologia, decidiu que o tradicional processo acadêmico de revisão por pares era burocrático e contrário à filosofia “democrática” do software livre. Iniciou um projeto concorrente, a GNUPedia. A pressão levou Sanger a criar a Wikipédia como um rascunho para que voluntários anônimos propusessem colaborações, antes que uma revisão formal as liberasse para a Nupedia. O novo portal atraiu, como se esperava, os interessados no projeto concorrente, mas a crise das pontocom se agravou. Jimmy Wales, financiador do projeto, cortou o salário de Sanger, que se demitiu. A Nupedia foi abandonada com 24 artigos prontos e 74 em elaboração e a Wikipédia cresceu sem controle. Hoje, inclui 1,6 milhão de artigos em inglês e 4,8 milhões em 249 “línguas”, incluindo dialetos como “napolitano”, “lombardo” e “alemão da Pensilvânia” e pseudo-idiomas artificiais como klingon e volapuque.Em 2004, no site kuro5hin.org, Sanger fez uma crítica muito dura à filha transviada. Explicou ter deixado o projeto por ser muito sério para um hobby em tempo parcial, mas também por não ter paciência para aturar, de graça, a “atmosfera venenosa do projeto”. A começar pelo próprio Jimmy Wales, explicou Sanger, a comunidade da Wikipédia tem uma cultura antiintelectual. Falta respeito para com a perícia e experiência de especialistas e sobra tolerância para com quem os despreza e ridiculariza. Quem tem qualificação, mas pouca paciência, desiste: ao editar artigos sujeitos a qualquer controvérsia, terá de defender exaustivamente suas opiniões contra leigos ineptos, prontos para desfigurar seu trabalho e denunciar suas objeções como “censura”. Se reclamar, receberá um passa-moleque ou um pedido para “cooperar” com colegas incultos e pouco razoáveis. Muitas pessoas capazes, dispostas a cooperar educadamente com parceiros que fossem racionais, bem informados e bem-intencionados, caíram fora. Em junho de 2006, depois de um festival de auto-elogios, calúnias sem provas, insultos, supressão de dados incômodos e sabotagens a biografias de políticos e personalidades, Wales impôs um mínimo de ordem. Fechou alguns dos artigos mais controversos a edições não autorizadas pelos administradores e criou um comitê de arbitragem. Começou-se a assinalar afirmações duvidosas com a nota “Carece de fontes” (confira o verbete Ditaduras cubanas para um exemplo tragicômico). Mas, em nome dos “direitos individuais”, Wales recusou-se a incorporar um controle editorial mais extenso. A idéia é que, por tosco e parcial que seja o artigo inicial, as sucessivas edições, mesmo por usuários não especializados, logo o melhorariam e o aproximariam do estado da arte, à medida que cada um trouxesse o seu pedacinho de informação – tanto que a organização mede a “profundidade” de seus artigos, acredite se quiser, pelo número de alterações feitas. Assim como certos economistas pensam que a soma dos conhecimentos de milhões de participantes de uma bolsa de valores resulta necessariamente na melhor avaliação possível de uma empresa ou mercadoria, que nenhuma análise ou perícia especializada poderia sonhar superar. Não é verdade na economia, como se viu no colapso do índice Nasdaq e de gigantes como a Enron e a Worldcom na virada do milênio. Muito menos no conhecimento. Basta um passeio rápido para se constatar que (ao menos na versão em inglês) um verbete tem mais chances de ser bem-feito e confiável quando trata de um tema tão especializado e insignificante aos olhos do leigo que os especialistas têm permissão de trabalhar em paz.Mas o usuário médio fica satisfeito por encontrar uma resposta rápida. Audiências de executivos e marqueteiros, às quais Robert McHenry, ex-editor-chefe da Encyclopedia Britannica, perguntou se não era importante que a resposta também fosse correta, responderam com olhares de embaraço ou de indiferença.McHenry rastreou a história de um verbete para mostrar como sua dialética encaminha o texto não ao estado da arte, mas sim à mediocridade do usuário médio. Um artigo razoavelmente coerente sobre um dos “pais fundadores” dos EUA foi emendado por palpites e opiniões contraditórias até cair ao nível de uma redação ruim de ensino médio (grau C, na sua avaliação). Seu conselho:– Quem vai à Wikipédia aprender algo ou confirmar um fato está na situação de quem visita um sanitário público. A imundície pode ser evidente e levá-lo a ter cuidado, ou a aparência de limpeza pode lhe dar uma falsa sensação de segurança. O que ele certamente não sabe é quem foi o último a usar a privada.Ou a rabiscar a porta. Em 6 de fevereiro, quem procurasse, na versão em inglês, pelo rei Alfredo, o Grande – um dos mais importantes da Inglaterra medieval – encontraria apenas a frase “he was a gay boy” (ele era um homossexual). Não era o primeiro vandalismo inexplicado. Em outra ocasião, o texto original foi substituído por uma historinha sobre Alfredo como mendigo. Um usuário tentou inserir, várias vezes, um vínculo com um site turístico sem relação com o tema. Em outubro de 2006, Sanger anunciou um novo projeto chamado Citizendium, mais flexível que a Nupedia, mas com mais credibilidade e responsabilidade que a Wikipédia. Os colaboradores terão de se identificar e serão supervisionados por moderadores e especialistas qualificados, cujas credenciais serão conhecidas do público. Ainda não foi lançado, mas seu grau de exigência provavelmente o fará começar menor e crescer mais devagar que a concorrente. Mesmo quando existir, os usuários custarão a descobri-lo. Google e similares hierarquizam as buscas contando a quantidade de vínculos (links) que levam, direta ou indiretamente, a cada página com a palavra ou expressão procurada, além de valorizar páginas que anunciam no buscador e suprimir aquelas que possam lhes trazer problemas. Como os criadores de página tendem a vincular aquilo que encontram primeiro no buscador, sites grandes e conhecidos, seja qual for sua qualidade e originalidade, são perpetuados no alto da lista. É uma formidável barreira de entrada a proteger oligopólios da informação, o pensamento único e a mediocridade. Uma busca sobre algum tema enciclopedizável provavelmente mostrará na primeira página o artigo da Wikipédia e seus clones em sites comerciais que, como Answers.com, brainyencyclopedia.com, cafepress.com e outros, reproduzem seus textos sem nada acrescentar, salvo publicidade.Tratar tal metástase de pseudo-informação medíocre e disforme não será fácil. Não se encontram facilmente acadêmicos dispostos a trabalhar de graça, muito menos tendo de se justificar a usuários semiletrados. Por outro lado, livros especializados são protegidos por copyright de publicação na web. E, mesmo postas na internet, as publicações acadêmicas são, na maioria, fechadas a não assinantes e inacessíveis aos leigos interessados em referências sérias.Talvez governos e fundações culturais devessem financiar projetos de enciclopédias on-line supervisionados pela comunidade acadêmica, se quiserem evitar esse nivelamento por baixo e garantir às novas gerações o acesso a informações não apenas rápidas, mas também corretas e confiáveis – ou, no mínimo, uma razoável pluralidade de fontes de referência.