domingo, 23 de novembro de 2008

Enem 2008 – Notícia do Jornal Agora

Os estudantes gaúchos atingiram média de 45,06 pontos na prova objetiva e 62,57 na redação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2008), deixando o Rio Grande do Sul em primeiro lugar diante dos demais Estados da Federação. Os alunos superaram a média nacional, que neste ano ficou em 41,69 pontos na prova objetiva e 59,35 pontos na redação. Segundo dados preliminares do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep/MEC), 2,9 milhões de estudantes prestaram a prova este ano. No Estado, participaram 156 mil jovens. O exame avalia conhecimentos gerais e de redação de alunos do 3º ano do Ensino Médio e egressos de anos anteriores, por adesão.

O Rio Grande do Sul também obteve a melhor média entre as redes públicas nas provas dos concluintes, registrando 42,12 pontos na nota combinada das duas provas. A rede privada gaúcha fica na 10ª colocação, com média de 53,42 pontos. Na combinação da média entre as redes, o Estado atinge a segunda posição, com média de 43,42. Apesar dessa diferença entre as pontuações, o RS é um dos estados que tem menor diferença entre as notas dos estudantes das escolas públicas e particulares, com variação de 26,83% entre as médias.

Para a secretária estadual da Educação, Mariza Abreu, foi uma satisfação receber a notícia do primeiro lugar nos resultados do Enem deste ano, no entanto, alerta para a necessidade de preocupação com os resultados dos alunos do Ensino Fundamental, que têm caído nos últimos anos. "Daqui a um tempo, são esses estudantes que estarão realizando as provas do Ensino Médio. É por isso que precisamos recuperar a qualidade da educação, para que o Estado continue mantendo esses bons resultados", declarou.

De acordo com a coordenadora da 18ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Glacy Canary, os resultados do Enem por cidades devem ser enviados pelo MEC na próxima semana.

O desempenho dos estudantes brasileiros melhorou na redação e piorou na prova objetiva nesta edição do Enem. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), nas questões objetivas, a média caiu de 51,52, em 2007, para 41,69, neste ano. Na redação, o resultado cresceu de 55,99 para 59,35. A consulta dos candidatos ao boletim individual do Enem estará disponível no site do Inep (www.enem.inep.gov.br). Os estudantes receberão os boletins de desempenho da avaliação pelos Correios.


 


 


 

domingo, 16 de novembro de 2008

Exercício para texto o que é Refllexão?




O que é reflexão?

Reflexão significa movimento de volta sobre si mesmo ou movimento de retorno a si mesmo. A reflexão é o movimento pelo qual o pensamento volta-se para si mesmo, interrogando a si mesmo.
A reflexão filosófica é radical porque é um movimento de volta do pensamento sobre si mesmo para conhecer-se a si mesmo, para indagar como é possível o próprio pensamento.
Não somos, porém, somente seres pensantes. Somos também seres que agem no mundo, que se relacionam com os outros seres humanos, com os animais, as plantas, as coisas, os fatos e acontecimentos, e exprimimos essas relações tanto por meio da linguagem quanto por meio de gestos e ações.
A reflexão filosófica também se volta para essas relações que mantemos com a realidade circundante, para o que dizemos e para as ações que realizamos nessas relações.
A reflexão filosófica organiza-se em torno de três grandes conjuntos de perguntas ou questões:
1. Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos e fazemos o que fazemos? Isto é, quais os motivos, as razões e as causas para pensarmos o que pensamos, dizermos o que dizemos, fazermos o que fazemos?
2. O que queremos pensar quando pensamos, o que queremos dizer quando falamos, o que queremos fazer quando agimos? Isto é, qual é o conteúdo ou o sentido do que pensamos, dizemos ou fazemos?
3. Para que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos, fazemos o que fazemos? Isto é, qual é a intenção ou a finalidade do que pensamos, dizemos e fazemos?
Essas três questões podem ser resumidas em: O que é pensar, falar e agir? E elas pressupõem a seguinte pergunta: Nossas crenças cotidianas são ou não um saber verdadeiro, um conhecimento?
Como vimos, a atitude filosófica inicia-se indagando: O que é? Como é? Por que é?, dirigindo-se ao mundo que nos rodeia e aos seres humanos que nele vivem e com ele se relacionam.
São perguntas sobre a essência, a significação ou a estrutura e a origem de todas as coisas.
Já a reflexão filosófica indaga: Por quê?, O quê?, Para quê?, dirigindo-se ao pensamento, aos seres humanos no ato da reflexão. São perguntas sobre a capacidade e a finalidade humanas para conhecer e agir.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Para quem tem coragem de refletir .... Pós reunião kkk

Vale a pena ler ... Recebi através de e-mail
Criando um monstro
O que pode criar um monstro?
O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por... Nada?
Será que é índole?
Talvez, a mídia?
A influência da televisão?
A situação social da violência?
Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade? O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes?
O rapaz deu a resposta: 'ela não quis falar comigo'. A garota disse não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante.
Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.
Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça.
O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas... Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.
Os pais dizem, 'não posso traumatizar meu filho'. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias. Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.
Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.
Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara.
Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora - e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Estética uma disciplina filosófica

Cotidianamente observamos e mesmo utilizamos o termo estética em expressões como estética facial, corporal, senso estético, decoração estética; ou para designar formas históricas do fazer artístico como estética do Barroco, estética renascentista etc.Este uso impreciso causa algumas dificuldades para compreendermos a Estética como disciplina filosófica, mas indica o caráter dinâmico do objeto investigado por este campo da filosofia.

A filosofia da arte ou Estética (há autores que estabelecem uma sutil diferenciação entre estes termos, que não trataremos aqui) é a investigação de diversos vetores relacionados à arte: as formas artísticas, o trabalho artístico, a obra de arte, o processo de criação, a relação entre matéria e forma, a relação com a sociedade, com a política e com a ética.
Nestes 25 séculos de existência da Filosofia destacam-se dois grandes momentos de teorização da arte: primeiro das artes como poética, ou seja, das artes como fabricação humana de coisas e gestos; e, segundo, as artes sob a forma da estética, como criação de uma obra movida pela faculdade de sentir. O primeiro momento foi inaugurado por Platão e Aristóteles e o segundo ocorre a partir do século XVIII.
Compreensão da arte
O termo estética é a tradução do vocábulo grego “aesthesis”, que significa compreensão pelos sentidos, experiência, sensibilidade. Inicialmente o pensador alemão Baumgarten usava a palavra Estética para designar o estudo das obras de arte criadas pela sensibilidade com a finalidade de “concretizar” o Belo.
Mas qual a diferença entre os dois grandes impulsos teóricos - o antigo e o moderno - acerca da arte? Resposta: o que difere é a compreensão do que é arte.
Para os gregos, a arte é técnica, ou seja, é qualquer atividade humana que obedece a um conjunto de regras. Portanto, a medicina é arte, a política é arte, a lógica é arte etc.Aristóteles chega inclusive a separar a ação (práxis) de fabricação (poiesis). Assim, política e ética são ciências da ação e as artes atividades de fabricação.
Sabemos que a sociedade grega clássica despreza o trabalho manual, conseqüentemente é estabelecida uma hierarquia entre as artes que é mantida até o século XV: as artes liberais (gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e música) dignas do homem livre, são superiores às artes mecânicas (medicina, arquitetura, agricultura, pintura, escultura, olaria, tecelagem etc), próprias do trabalho manual.
A partir da Renascença há um intenso movimento de valorização das artes mecânicas que culmina no final do século XVIII, como a distinção entre as artes cuja finalidade é serem úteis (medicina, agricultura, culinária, artesanato) e as artes cujo fim é a criação da beleza (pintura, escultura, arquitetura, poesia, música, teatro, dança), que conhecemos como as belas-artes.
Arte contemporânea
A Estética, como investigação filosófica nos séculos XVIII e XIX, considera a arte como composta de três vértices: o artista, como o gênio criador; a obra, receptáculo da Beleza e o público que julga e avalia o objetivo artístico verificando se o artista realizou ou não a Beleza, valor universal que não precisa ser demonstrado, inferido, provado.
A partir do século XX, as artes passam a ser pensadas para além das fronteiras do Belo. Arte não é mais apenas a produção da beleza, mas é forma de expressão de emoções e desejos, forma de interpretar e criticar a realidade, atividade criadora de procedimentos novos para a invenção de objetivos artísticos etc. Em nossa era, a Estética aproxima-se da idéia da arte como trabalho, e não como sensibilidade genial e contemplação.
Podemos então, resumidamente, perceber três momentos históricos de compreensão diferenciada da arte.
Primeiras a arte e a técnica se confundem e não está, inexoravelmente, vinculada à Beleza – qualquer atividade humana é techné em Platão e essa técnica se subdividirá em práxis e poiesis, em Aristóteles.
Segundo, a reflexão sobre a produção artística passa a se denominar Estética, vinculando-se etimologicamente arte a sensibilidade. Desta perspectiva, a arte não é apenas técnica e sim uma forma autônoma de criação do Belo por parte do artista genial, a ser julgada por todos que a contemplem.
Terceiro, a arte contemporânea reata de forma renovada a arte à técnica, ou mais precisamente, à tecnologia e o fazer artístico passa a ter várias outras finalidades além de manifestar a Beleza.
A Estética ou Filosofia da Arte analisa ainda a relação entre arte e natureza, arte e humano e finalidade-funções da arte. Esta conversa, no entanto, fica para uma próxima vez.