Cotidianamente observamos e mesmo utilizamos o termo estética em expressões como estética facial, corporal, senso estético, decoração estética; ou para designar formas históricas do fazer artístico como estética do Barroco, estética renascentista etc.Este uso impreciso causa algumas dificuldades para compreendermos a Estética como disciplina filosófica, mas indica o caráter dinâmico do objeto investigado por este campo da filosofia.
A filosofia da arte ou Estética (há autores que estabelecem uma sutil diferenciação entre estes termos, que não trataremos aqui) é a investigação de diversos vetores relacionados à arte: as formas artísticas, o trabalho artístico, a obra de arte, o processo de criação, a relação entre matéria e forma, a relação com a sociedade, com a política e com a ética.
Nestes 25 séculos de existência da Filosofia destacam-se dois grandes momentos de teorização da arte: primeiro das artes como poética, ou seja, das artes como fabricação humana de coisas e gestos; e, segundo, as artes sob a forma da estética, como criação de uma obra movida pela faculdade de sentir. O primeiro momento foi inaugurado por Platão e Aristóteles e o segundo ocorre a partir do século XVIII.
Compreensão da arte
O termo estética é a tradução do vocábulo grego “aesthesis”, que significa compreensão pelos sentidos, experiência, sensibilidade. Inicialmente o pensador alemão Baumgarten usava a palavra Estética para designar o estudo das obras de arte criadas pela sensibilidade com a finalidade de “concretizar” o Belo.
Mas qual a diferença entre os dois grandes impulsos teóricos - o antigo e o moderno - acerca da arte? Resposta: o que difere é a compreensão do que é arte.
Para os gregos, a arte é técnica, ou seja, é qualquer atividade humana que obedece a um conjunto de regras. Portanto, a medicina é arte, a política é arte, a lógica é arte etc.Aristóteles chega inclusive a separar a ação (práxis) de fabricação (poiesis). Assim, política e ética são ciências da ação e as artes atividades de fabricação.
Sabemos que a sociedade grega clássica despreza o trabalho manual, conseqüentemente é estabelecida uma hierarquia entre as artes que é mantida até o século XV: as artes liberais (gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e música) dignas do homem livre, são superiores às artes mecânicas (medicina, arquitetura, agricultura, pintura, escultura, olaria, tecelagem etc), próprias do trabalho manual.
A partir da Renascença há um intenso movimento de valorização das artes mecânicas que culmina no final do século XVIII, como a distinção entre as artes cuja finalidade é serem úteis (medicina, agricultura, culinária, artesanato) e as artes cujo fim é a criação da beleza (pintura, escultura, arquitetura, poesia, música, teatro, dança), que conhecemos como as belas-artes.
Mas qual a diferença entre os dois grandes impulsos teóricos - o antigo e o moderno - acerca da arte? Resposta: o que difere é a compreensão do que é arte.
Para os gregos, a arte é técnica, ou seja, é qualquer atividade humana que obedece a um conjunto de regras. Portanto, a medicina é arte, a política é arte, a lógica é arte etc.Aristóteles chega inclusive a separar a ação (práxis) de fabricação (poiesis). Assim, política e ética são ciências da ação e as artes atividades de fabricação.
Sabemos que a sociedade grega clássica despreza o trabalho manual, conseqüentemente é estabelecida uma hierarquia entre as artes que é mantida até o século XV: as artes liberais (gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e música) dignas do homem livre, são superiores às artes mecânicas (medicina, arquitetura, agricultura, pintura, escultura, olaria, tecelagem etc), próprias do trabalho manual.
A partir da Renascença há um intenso movimento de valorização das artes mecânicas que culmina no final do século XVIII, como a distinção entre as artes cuja finalidade é serem úteis (medicina, agricultura, culinária, artesanato) e as artes cujo fim é a criação da beleza (pintura, escultura, arquitetura, poesia, música, teatro, dança), que conhecemos como as belas-artes.
Arte contemporânea
A Estética, como investigação filosófica nos séculos XVIII e XIX, considera a arte como composta de três vértices: o artista, como o gênio criador; a obra, receptáculo da Beleza e o público que julga e avalia o objetivo artístico verificando se o artista realizou ou não a Beleza, valor universal que não precisa ser demonstrado, inferido, provado.
A partir do século XX, as artes passam a ser pensadas para além das fronteiras do Belo. Arte não é mais apenas a produção da beleza, mas é forma de expressão de emoções e desejos, forma de interpretar e criticar a realidade, atividade criadora de procedimentos novos para a invenção de objetivos artísticos etc. Em nossa era, a Estética aproxima-se da idéia da arte como trabalho, e não como sensibilidade genial e contemplação.
Podemos então, resumidamente, perceber três momentos históricos de compreensão diferenciada da arte.
Primeiras a arte e a técnica se confundem e não está, inexoravelmente, vinculada à Beleza – qualquer atividade humana é techné em Platão e essa técnica se subdividirá em práxis e poiesis, em Aristóteles.
Segundo, a reflexão sobre a produção artística passa a se denominar Estética, vinculando-se etimologicamente arte a sensibilidade. Desta perspectiva, a arte não é apenas técnica e sim uma forma autônoma de criação do Belo por parte do artista genial, a ser julgada por todos que a contemplem.
Terceiro, a arte contemporânea reata de forma renovada a arte à técnica, ou mais precisamente, à tecnologia e o fazer artístico passa a ter várias outras finalidades além de manifestar a Beleza.
A Estética ou Filosofia da Arte analisa ainda a relação entre arte e natureza, arte e humano e finalidade-funções da arte. Esta conversa, no entanto, fica para uma próxima vez.
A partir do século XX, as artes passam a ser pensadas para além das fronteiras do Belo. Arte não é mais apenas a produção da beleza, mas é forma de expressão de emoções e desejos, forma de interpretar e criticar a realidade, atividade criadora de procedimentos novos para a invenção de objetivos artísticos etc. Em nossa era, a Estética aproxima-se da idéia da arte como trabalho, e não como sensibilidade genial e contemplação.
Podemos então, resumidamente, perceber três momentos históricos de compreensão diferenciada da arte.
Primeiras a arte e a técnica se confundem e não está, inexoravelmente, vinculada à Beleza – qualquer atividade humana é techné em Platão e essa técnica se subdividirá em práxis e poiesis, em Aristóteles.
Segundo, a reflexão sobre a produção artística passa a se denominar Estética, vinculando-se etimologicamente arte a sensibilidade. Desta perspectiva, a arte não é apenas técnica e sim uma forma autônoma de criação do Belo por parte do artista genial, a ser julgada por todos que a contemplem.
Terceiro, a arte contemporânea reata de forma renovada a arte à técnica, ou mais precisamente, à tecnologia e o fazer artístico passa a ter várias outras finalidades além de manifestar a Beleza.
A Estética ou Filosofia da Arte analisa ainda a relação entre arte e natureza, arte e humano e finalidade-funções da arte. Esta conversa, no entanto, fica para uma próxima vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário