No limiar do século XXI, estamos vivendo um momento da História que os especialistas estão denominando de globalização. Uma das características marcantes da globalização são os sistemas de comunicação que unem e aproximam os espaços. A televisão, por exemplo, coloca um fato de um país distante dentro de nossa casa no mesmo momento em que ele está acontecendo, e tudo parece estar ocorrendo ali “na esquina de nossa casa”.
A tecnologia da comunicação imprimiu maior velocidade ao mercado econômico, fazendo com que a mercadoria circulasse e fosse distribuída mais rapidamente. Utilizando a expressão de McLuhan, o mundo se transformou em uma aldeia global. Ianni (1922) e Souza Neto (1998) constatam que a globalização não é um fato acabado, mas um fenômeno em marcha, que destrói possibilidades e, ao mesmo tempo, cria outras. É um movimento que atinge todas as esferas da vida social, individual e coletiva.
Em cada lugar ou cidade, a globalização toma uma diferente fisionomia, ou seja, uma coisa é a interface da globalização com a cidade de São Paulo, outra coisa é a mesma interface em Salvador, na Bahia. Na expressão de Castells (1999), a sociedade hoje é a sociedade da informação, uma sociedade em rede, que conecta e desconecta em qualquer momento e lugar. Uma sociedade em rede ultrapassa as relações sociais e técnicas de produção, atinge a cultura e as relações de poder.
Rifkin (1995) caracteriza o movimento da globalização como uma era de mercados globais , de produção automatizada, o processo produtivo à vista quase sem a presença do trabalhador da forma pela qual estamos acostumados, as multinacionais buscando abrir as fronteiras e transformando a vida de bilhões de pessoas para conquistar os mercados globais. Ele constata que a dinâmica da globalização poderá conduzir a humanidade a um porto seguro ou a um terrível abismo. Se de um lado o fim do trabalho é a sentença de morte da civilização, poderá sinalizar também algumas mudanças que provocarão um ressurgimento do espírito humano. Enfim, “o futuro está em nossas mãos”.
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