Evento
Dia 27/11/2009 – Seta Feira 18h.
Conversas entre linhas com Gilberto Isquierdo
Lançamento do Livro "Linha do Tempo"
Livraria Vanguarda – Rio Grande
Evento
Dia 27/11/2009 – Seta Feira 18h.
Conversas entre linhas com Gilberto Isquierdo
Lançamento do Livro "Linha do Tempo"
Livraria Vanguarda – Rio Grande
http://www.clicrbs.com.br/zerohora/swf/Gripe_ah1n1/index.html
Poema escrito por Gibran Khalil Gibran, chamado:
O Louco
Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:
Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente, gritando: "Ladrões, ladrões, malditos ladrões!".
Homem e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.
E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: "É um louco!". Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E como num transe gritei: "Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!"
E assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade quanto segurança em minha loucura: liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.
Um olhar que é tido como julgador, punitivo. Um olhar carregado de amarras que determina a forma como cada um pensa dever agir para ser aceito, para agradar o outro. As pessoas afastam-se assim de seus projetos de vida e prendem-se ao desejo do outro. A autenticidade perde espaço enquanto a angústia sobre.
É importante lembrar que, em minha vida, o outro é fundamental para que eu me reconheça como individuo. Sou livre para escolher o que fazer com esse olhar. "O que importa não é o que os outros fazem de você, mas sim o que você faz com que os outros fazem com você", diz Sartre.
O homem necessita do mundo para saber quem é e situar-se em dado momento. "A essência do homem está em ser relativamente a algo ou alguém", afirma Heidegger, porém as pessoas muitas vezes desejam estar imunes a essa relação – com o mundo e com o outro. Elas querem estar acima de qualquer olhar que as denuncie em sua extrema humanidade.
"Não quero mais sentir", "não quero mais me envolver com as pessoas", "quero ter o controle total da minha vida sem que ninguém interfira nela, não preciso de ninguém", "não quero mais me preocupar com que o outro vai pensar". Desejos distantes da realidade humana, objetivos que fazem as pessoas afastarem-se de sua própria condição de existência. Querem vidas anestesiadas e ao menor sinal de angústia tentam combatê-la usando medicação de última geração em busca de alívio imediato. Eu posso evitar o sofrimento, eu posso vencê-lo com meu arsenal de comprimidos, maquiagem, com minhas máscaras, meus compromissos… fazer, fazer, fazer…não parar para pensar, não entrar em contato com a angústia, não escutar o que ela tem a dizer."
No poema acima, o personagem fica desesperado ao se ver sem suas máscaras, ao sentir-se nu em sua existência, tendo que contar apenas com o que é, sem toda a aparência que o coloca em contato com o outro. A autenticidade de poder se ver sem as máscaras aos olhos dos outros pode parecer loucura. O outro influencia a minha vida na medida em que eu me reconheço em seu olhar; porém, é importante que possamos ser nós mesmos para os outros, e isso é muito difícil porque o medo de não ser aceito é muito grande. Então, acabo sendo aquilo que o outro quer que eu seja e me perco, perco a minha autenticidade. Importante é ser-com: manter a individualidade sendo com o outro. Somos sozinhos enquanto seres responsáveis pelas nossas escolhas, mas, ao mesmo tempo, não somos sozinhos, pois precisamos da presença do outro. O personagem do poema conseguiu olhar para si mesmo, a partir dos raios de sol, energia, luz e gostou do que viu, pôde entrar em contato com sua essência, porém tornou-se louco, assumindo mais uma vez um "rótulo" ou uma "máscara", uma vez que o outro grita "Louco!". Para Sartre, isso é a "má-fé", ou seja, é aquilo que eu passo a ser a partir dos papéis que desempenho, passo a ser aquilo que não sou. Novamente, temos aqui a influência do outro em nossas vidas e percebemos que isso é inevitável – a má-fé existe sempre, pois o homem está no mundo desempenhando papéis sociais o tempo todo, não há como fugir disso, e esses papéis são sempre em relação ao outro.
Ele só pode ser louco porque tem a liberdade de escolher assim, e a escolha se faz na solidão, pois a responsabilidade em assumir essa loucura é do próprio individuo; e não ser compreendido nessa escolha – pois o outro não pode ter acesso a tudo o que eu sou – dá ao homem a segurança de poder exercer sua autonomia, suas escolhas, de poder construir seu projeto de vida, sendo mais autêntico, mesmo com toda influência a qual está submetido no contato com o outro.
"E encontrei tanto liberdade quanto segurança em minha loucura: liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós".
Duas Fábulas para Crianças e Adultos
Dora Incontri
Pós-doutoranda FEUSP
Apoio Fapesp
As fábulas, os mitos, as parábolas são fecundos para impregnar de impressões positivas e provocar reflexões nas crianças (e nos adultos), numa proposta de educação para a Ética. Mas como qualquer recurso para despertar uma discussão e deixar uma semente de valor ou de idéia, devem ser contextualizados e trabalhados interdisciplinarmente.
Como exemplo, duas fábulas que foram originalmente concebidas por Esopo, transformadas em poesia por La Fontaine, e aqui estão traduzidas de forma simples e agradável para as crianças. As fábulas têm essa vitalidade permanente e atemporal, que está acima das idades e das épocas, mas para que se enraízem no coração das crianças, devem ser contadas, recontadas, discutidas, analisadas, declamadas, dramatizadas, desenhadas e recriadas, de modo que renasçam a cada instante em suas palavras e produções.
Costumo trabalhar essas fábulas, contando quem foi Esopo, falando então da Grécia Antiga, contando quem foi La Fontaine, fazendo pesquisas, mostrando figuras e olhando mapas, para identificar a França e a época desse autor e, por fim, propondo questões e produções, para que as crianças fixem na alma o que elas querem dizer
O que é filosofia?
Dora Incontri
O que é filosofia?
Perguntam todos perplexos.
Será um monte de livros,
Com discursos desconexos?
Será um bicho difícil,
que pode nos devorar,
se não formos muito espertos,
para a resposta encontrar?
Na filosofia mesmo,
nada deve ser complexo,
podemos fazê-la fácil,
numa lógica com nexo.
Filosofia é uma forma
de perguntar as questões,
que mais afligem o homem,
que mais nos dão comichões.
É perguntar sobre a vida
querer saber sobre a morte,
é um olhar para o universo
é um indagar sobre a sorte…
Filosofia faz parte
da vida de cada dia
porque pergunta os porquês
que a nossa razão afia.
Filósofo é qualquer um
que pára à beira da estrada
para pensar sobre as coisas
e ver que não sabe nada.
Filósofo deve ser
quem não quiser vegetar,
passando a vida sem rumo
sem um sentido encontrar.
Portanto filosofemos,
buscando sabedoria,
pois num bom filosofar,
teremos mais harmonia.
Se morro
universo se apaga como se apagam
as coisas deste quarto
se apago a lâmpada:
os sapatos - da - ásia, as camisas
e guerras na cadeira, o paletó -
dos - andes,
bilhões de quatrilhões de seres
e de sóis
morrem comigo.
Ou não:
o sol voltará a marcar
este mesmo ponto do assoalho
onde esteve meu pé;
deste quarto
ouvirás o barulho dos ônibus na rua;
uma nova cidade
surgirá de dentro desta
como a árvore da árvore.
Só que ninguém poderá ler no esgarçar destas nuvens
a mesma história que eu leio, comovido.
Picasso, Van Gogh e Renoir chegam ao Museu de 09 de Julho de 2009 a 13 de Julho de 2009
Museu de Arte do Rio Grande do Sul Nesta quinta-feira, chegou o último e mais importante lote de obras da exposição Arte na França 1860 -1960: O Realismo, que abre a partir de 14 de julho, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS). Às 6h pousaram no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, trabalhos de Cézanne, Van Gogh, Renoir, Manet e Picasso, entre outros quadros que estão no mesmo vôo. O material foi descarregado no MARGS às 10h sob escolta policial.
A montagem da mostra iniciou na manhã de quarta-feira (8). Até o dia da abertura uma equipe de cinco artistas plásticos, um historiador e duas restauradoras/conservadoras vão trabalhar na organização das obras.
O processo é minucioso e detalhado, conforme o coordenador de produção, Henrique Luz, que veio do Museu de Arte de São Paulo (MASP) especialmente para o evento. "Desde a abertura das caixas há um espaço pré-determinado para realizar o trabalho. Além disso, há a verificação dos laudos técnicos e adaptação de cada obra no ambiente", explica.
A exposição ficará até o dia 30 de agosto no MARGS e poderá ser visitada de terça a domingo, das 10h e 18h.
Muitas ideias suas, embora tenham até certo ponto atenuado o seu caráter radical na sua obra tardia As Leis, continuam sendo um desafio. Não era amigo da democracia, que considerava um "governo agradável, anárquico e variegado". Rejeitava o casamento e propunha que "todas as mulheres fossem comuns a todos os homens, que nenhuma fosse própria de nenhum homem, que os filhos fossem comuns, de modo que o pai não conhecesse seu filho, nem o filho o seu pai". Neste manacial da vida de Platão, desaparece qualquer direito do indivíduo à liberdade e ao resguardo da privacidade. Não são os homens e mulheres que decidem quem deve gerar filhos para o Estado, com quem, quando, onde e quantas vezes, mas só as autoridades do Estado. Conforme foi observado acima, Platão não conseguiu realizar seu Estado ideal. Mas se tal Estado pudesse existir, eu não gostaria de viver nele nem mesmo uma hora sequer!
Se considerarmos o espiritualismo de Platão, segundo o qual só se deve cuidar da alma e não do corpo, "esta massa de carne destinada à sepultura", e pensarmos na influência deste filósofo sobre o cristianismo, entendemos por que o dogma talvez mais cristão, o da ressurreição da carne, quase não tenha vitalidade na consciência de tantos cristãos, até hoje.
Todavia, estes e outros aspectos controversos da obra de Platão não conseguem obscurecer a sua contribuição perene para a concepção do homem ocidental e sua educação. Aguçar o olho do espírito, a disposição para a conversão, naturalmente não só da alma, mas do homem todo, e a capacidade de emancipar-se de si mesmo permanecem tarefas sempre válidas, que Platão percebeu e formulou por primeiro entre os pensadores europeus. "Vencer-se a si mesmo" é "a primeira e mais nobre de todas as vitórias, sucumbir a si mesmo é a derrota pior e mais vergonhosa de todas".
O êxito do auxílio que um pode prestar ao outro na aprendizagem dessa capacidade permanece incerto e sujeito a fracassos, fato que Platão experimentou dolorosamente. Esta experiência marcou seu julgamento dos homens. Numa de suas cartas diz que, embora o homem não seja um ser mau, contudo, salvo poucas exceções, é um ser volúvel e inconstante.
INGRESSOS
Inteira: R$ 10,00
Meia: R$5,00
(crianças até 12 anos, pessoas a partir dos 60 anos, professores e
estudantes com carteirinha).
Terças e Quintas é MEIA para todos.
CINE DUNAS CIDADE (não exibe segunda-feira)
Rua Andradas, 176 - 2125 9909
ANJOS E DEMÔNIOS (130 min)
Indicação - 14 anos
diariamente às 21h SÁB e DOM também às 16h e 15min
Sinopse - Uma ameaça que pode destruir toda a Cidade do Vaticano. Às
vésperas do conclave que vai eleger o novo Papa, Robert Langdon (Hanks)
é chamado às pressas por Maximilian Kohler para analisar um misterioso
símbolo marcado a fogo no peito de um físico assassinado no CERN, um
grande centro de pesquisas na Suiça.
LIÇÃO DE AMOR (113 min)
Indicação - 14 anos
diariamente às 18h e 45min
Sinopse - Alex (Raoul Bova) tem 32 anos de idade e está procurando pelo
anúncio perfeito ara não perder seu emprego, depois de ter sido deixado
pela sua namorada. Niki (Michela Quattrociocche) é uma estudante de 17
anos que está no ensino médio. Um dia, Alex atropela acidentalmente a
moto de Niki e desse momento em diante tudo começa a mudar.
CINE DUNAS CASSINO - (não exibe segunda-feira)
Av. Rio Grande, 451 - 3236 8119
DIVÃ (95 min)
Indicação - 14 anos
Sex e Ter às 19h
SÁB e DOM também às 17h
Sinopse - Mercedes (Lília Cabral) é uma mulher de 40 anos, casada com
Gustavo (José Mayer) e mãe de dois filhos, que decide procurar um
psicanalista. A princípio, a decisão, que seria apenas para matar uma
curiosidade, provoca uma série de mudanças em seu cotidiano. No divã,
Mercedes questiona seu casamento, a realização profissional e seu poder
de sedução. Com Lília Cabral, José Mayer, Alexandra Richter, Reynando
Gianecchini, Cauã Reymond, Paulo Gustavo, Elias Gleizer.
X MEN ORIGENS : WOLVERINE (108 min)
Indicação - 16 anos
Diariamente às 21h
Sinopse - Precisando lidar com o desfecho de um romance, Logan se
envolve em um misterioso projeto que faz com que se torne o Wolverine.
Dirigido por Gavin Hood (Infância Roubada) e com Hugh Jackman, Liev
Schreiber, Ryan Reynolds e Danny Huston no elenco.
Educação como conversão da alma.
O mundo das ideias pedagógicas de Platão é imensamente rico e diversificado. Mas se alguém quisesse identificar o núcleo de toda essa riqueza, verificar qual o objetivo supremo do filósofo e concretizá-lo numa única imagem, certamente o melhor seria remetê-lo à imagem do "olho do espírito", ..criada e ilustrada de várias formas pelo próprio Platão. No sétimo livro da República, em conexão com a sua famosa alegoria da caverna, formula a tarefa central de toda a educação: retirar o olho do espírito enterrado no grosseiro pantanal do mundo aparente, em constante mutação, e fazê-Io olhar para a luz do verdadeiro ser e do divino. No Banquete, coloca na boca de Sócrates, seu mestre, estas palavras: "O olho do espírito só começa a ver claramente quando o olho corporal já começa a perder a sua acuidade," Na obra de sua velhice, o Sofista, constata que "os olhos do espírito da maioria são incapazes de contemplar persistentemente o divino". Mas essa incapacidade, que em última análise não deixa de ser culpa própria, não anula a urgência da tarefa, à qual Platão dedicou toda a sua vida e que todo homem tem obrigação de cumprir para si mesmo: passar gradativamente da percepção ilusória dos sentidos para a contemplação da realidade pura e sem falsidade, sobretudo do mais brilhante de todos os entes, a ideia do bem. Só com o cumprimento desta tarefa existe educação, a única coisa que o homem pode levar para a eternidade após a morte. Naturalmente, para a consecução desse objetivo, é necessário "converter" a alma, é preciso educação como "arte da conversão".
Nascido em Atenas no ano de 427 a.C., de uma antiga família nobre, a vida de Platão foi duradouramente marcada por Sócrates, de quem foi o discípulo mais importante. Ao contrário do mestre, deixou uma vasta obra literária. Diante dos assuntos tratados e da forma linguística, é difícil dizer a quem admirar mais na obra de Platão: o filósofo ou o poeta. Platão não foi um erudito de gabinete, mas um homem do mundo. Esteve em contato com as personalidades mais importantes da sua época.
Suas viagens levaram-no ao sul da Itália, ao norte da África e ao Egito. Em 387 a.C., fundou em Atenas a sua escola, chamada Academia. Não quis só planejar o Estado ideal. Também tentou colocá-lo em prática em Siracusa, onde se esforçou para transformar o jovem tirano Dionísio II "em rei digno do governo". Fracassou nesta tarefa e a muito custo escapou da catástrofe. Morreu na sua cidade natal em 347 a.C.
O papel das florestas de atuar como filtros gigantes de carbono está sob o risco de "ser totalmente perdido", segundo um relatório compilado por alguns dos maiores cientistas florestais do mundo.
O documento compilado por 35 profissionais da União Internacional das Organizações de Pesquisas Florestais (IUFRO, na sigla em inglês) afirma que as florestas estão sob um crescente estresse como resultado das mudanças climáticas.
Ainda segundo o relatório, as florestas podem começar a liberar uma enorme quantidade de carbono na atmosfera se as temperaturas do planeta subirem 2,5ºC acima dos chamados níveis pré-industriais.
As descobertas serão apresentadas no Fórum da ONU sobre Florestas, que começa nesta segunda-feira, em Nova York, e estão sendo descritas como sendo a primeira avaliação mundial da capacidade das florestas se adaptarem às mudanças climáticas.
Seca e pobreza
"Normalmente, pensamos nas florestas como 'freios' do aquecimento global", disse à BBC Risto Seppala, do Instituto de Pesquisa Florestal da Finlândia e presidente do painel de especialistas.
"Mas nas próximas décadas, os danos provocados pelas mudanças climáticas podem fazer com que as florestas comecem a liberar uma enorme quantidade de carbono, criando uma situação em que elas contribuirão mais para o aceleramento do aquecimento do que ajudarão a reduzi-lo."
Os cientistas esperam que o relatório ajude a informar os profissionais envolvidos nas negociações sobre as políticas ambientais.
O documento destaca ainda outros fatos novos, como a projeção de que as secas devem se tornar mais intensas e frequentes nas florestas subtropicais e temperadas do sul, e de que as plantações comerciais de madeira podem se tornar inviáveis em algumas áreas.
O relatório diz também que as mudanças climáticas podem "aprofundar a pobreza, deteriorar a saúde pública e aumentar os conflitos sociais" entre as comunidades da África que dependem das florestas.
Andreas Fischlin, do Instituto Federakl Suíço de Tecnologia, e co-autor do estudo, ressalta, no entanto, que mesmo que se implemente todas as medidas necessárias, as mudanças climáticas podem ainda neste século exceder a capacidade adaptativa de muitas florestas".
"A única maneira de assegurar que as florestas não sofram danos sem precedentes é conseguir fazer uma enorme redução nas emissões dos gases de efeito estufa", concluiu.
Nossa cultura mima os adolescentes – é o título da Entrevista publicada em Carta na Escola com a psicanalista, Maria Rita Kehl. Segue para reflexão alguns trechos.
"o professor precisa aprender a valorizar seu capital intelectual, que não tem preço..."
1 – sobre conflitos existentes dentro da escola.
"... tenho impressão que a escola negociou demais. (...) Acho que houve um mal-entendido, lá pelos anos 60. Não que não tenha sido importante ter tido uma abertura e uma mudança curricular depois dessa década, já que a escola não podia ficar rígida e fechada como era antes. Mas o que tornou a escola um pouco sem sentido, para os alunos e professores, é que se negociou demais. E isso não é culpa da escola, mas é fruto de uma cultura que mima a criança e o adolescente, principalmente o adolescente. Ele é a fatia privilegiada do mercado, é o consumidor por excelência, porque está sempre mudando. (...) Então, os professores não sabem mais o que estão ensinando, porque eles estão ensinando coisas que seus alunos não querem aprender. Mas a escola sempre foi obrigação e pouca gente ia para ela porque adorava. E essa pergunta: "Para que serve aprender isso, para que serve aprender aquilo?", também era feita. Mudanças curriculares podem ser importantes, mas eu acho que, se a escola negocia demais sua posição, que é de formadora de socialização, mais do que de conhecimento, fica muito difícil sustentar-se diante do aluno, porque o professor passa a não ver mais sentido no que faz, porque, se a televisão é importante, se os videogames são interessantes e qualquer site ensina mais do que uma aula, para que serve a escola?"
2 – sobre o papel preponderante da escola: seria de formadora da socialização?
"Eu ainda acho que a escola é um aprendizado de convívio civilizado, da negociação de interesses e reconhecimento de quem se deve respeitar e como respeitar. Conheci uma escola pública de São Paulo no ano passado, chamada Amorim Lima e fiquei impressionada porque é uma escola que, de um jeito muito progressista, nada rígido ou conservador, não negocia determinadas coisas. Criou um ambiente regrado, que para os alunos é um alívio. Não são regras rígidas, porque na conversa que tive eles disseram: "A gente sabe dessas regras, porque nós as escrevemos no mural". Quer dizer, eles criaram um modo de convívio que mantém o papel educativo formador da escola e leva em consideração que os alunos, hoje em dia, não são robôs aterrorizados com medo de palmatória e de ir à sala do diretor. E acho que isso é uma questão para os pais também. O que é que sustenta o exercício da autoridade em uma sociedade tão aberta e democrática como a nossa? É diferente um professor que exerce a autoridade em nome da ordem, de Deus e das tradições, como acontecia nas escolas antigamente."
3 – sobre autoridade do professor.
"O professor não está escorado por todos esses pilares de mármore, felizmente não está, mas, ao mesmo tempo, ele tem uma posição de autoridade. Eu acho que a minha geração sofreu muito com a ditadura e ficou com horror do autoritarismo, passando a fazer uma confusão entre autoridade e autoritarismo. O autoritarismo é totalmente arbitrário, desmedido, punitivo e cruel. Autoridade é o exercício de uma diferença de posição que tem a ver com gerações, pais e filhos, professores e alunos, e que se exerce para, a partir daí, ter o que negociar. Porque, se não, é a desmoralização da escola. O filme do João Jardim, Pro Dia Nascer Feliz, é muito impressionante, porque vemos a diferença de postura. Mesmo em escolas públicas muito pobres há alguns professores que acreditam no que estão fazendo e seguem alguma coisa e outros que negociam tudo. No filme havia uma escola do Rio que tinha um aluno que estava totalmente fora dela e o pessoal continuava negociando com ele. É aí que a escola perde a "borda". É aquele medo de não perder o aluno e com isso se perde a escola toda."
4 – sobre sociedade de consumo e a questão do consumo em sala de aula.
"Nunca esteve tão forte como ideologia. Não sei se estamos no auge do consumismo, mas sob o aspecto da ideologia, da crença profunda de que você vale o quanto você consome, essa crença é muito arraigada." / "Se pensarmos o que é a tradição do intelectual, que é mais europeia do que brasileira, ele não é, necessariamente, um cara que está no topo econômico da sociedade. O intelectual é alguém que, de certa forma, se considera elite, na medida em que tem um patrimônio cultural valiosíssimo. Por isso acho que seria muito interessante que os professores se apropriassem desse valor, de que eles são detentores de um patrimônio cultural que não tem preço. E é isso que eles vão transmitir. Porque ouço que muitos alunos dizem: "Você é um zé-mané que não ganha nem para trocar de carro, e quer mandar em mim?", principalmente em escolas particulares. Se o professor tiver engolido essa crença que ele vale pelo que pode comprar, sairá arrasado de um confronto desses. Agora, se ele puder dizer: "O que eu tenho você vai ter de suar muito para obter e posso te transmitir se você aprender a me respeitar", é outra história."
5 – sobre excesso de negociação e aprendizagem prazerosa.
"...a revolução dos anos 60, que, se teve um lado muito interessante, teve um outro que se tornou completamente indulgente em relação às crianças e jovens. Lembro de um livro do Gramsci, Literatura e Vida Nacional, no qual ele faz um elogio da escola, muito engraçado e antigo para nós, dizendo: "A escola nos ensina coisas que vão ser úteis para o resto de nossas vidas, como, por exemplo, ficar sentado quatro horas ouvindo sobre um assunto". Quer dizer, tem algo que é precioso na escola, que é se concentrar, prestar atenção e acompanhar um raciocínio longo. Eu briguei muito em uma escola em que meu filho estudava, porque eles não davam livros para os alunos do Ensino Médio. Eu questionava porque eles não davam a oportunidade de eles lerem livros e eles diziam que os alunos não eram capazes de acompanhar. Mas é a escola que tem de torná-los capazes de acompanhar, quer dizer, se a escola vem com esse paternalismo de que é difícil demais para eles, eles não serão capazes de acompanhar mesmo. E isso começou com esse processo, demasiado, de negociação.
6 - sobre campanhas antidrogas, legalização e tráfico.
A primeira coisa que me vem é um artigo do Eugênio Bucci, no qual ele diz: "O que vale uma campanha contra as drogas se todo o resto da publicidade é a favor das drogas?" Aí você pensa que nunca viu publicidade de cocaína e maconha. Não, mas todas as publicidades dirigidas aos jovens fazem apologia do "barato" e depois vem uma dizendo, em 30 segundos, "droga não". Há uma de vodca, por exemplo, onde se vê uma paisagem cinzenta e através da garrafa a paisagem se transformava numa praia maravilhosa. Ou então, o cara come uma pastilha e flutua. Tudo é brincadeira, sem dúvida, mas é uma permanente convocação ao "barato". E, como a gente se acomoda rapidamente, a dose deve ser aumentada, a dose do "barato" e da imagem do "barato". E depois vai dizer que é para não se drogar? A sociedade está convocando o jovem a viver "de barato" permanentemente. Ele veste um tênis e pula, como se ele tivesse usado LSD. É tudo muito divertido, pensando friamente. Mas o convite que a sociedade de consumo faz ao jovem é o do mercado do "barato". Então, eu sou a favor de legalizar, mesmo porque se legalizar vai morrer menos gente de overdose do que morre de efeito colateral da violência do tráfico. O problema principal social do País hoje é o tráfico de drogas. E, certamente, quem tem menos interesse na legalização das drogas, hoje em dia, são os chefes do tráfico.
FONTE: http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/34/nossa-cultura-mima-os-adolescentes
Por que as personagens do filme afirmam que Neo é "o escolhido"? Por que eles estão seguros de que ele será capaz de realizar o combate final e vencer a Matrix?
Porque ele era um pirata eletrônico, isto é, alguém capaz de invadir programas, decifrar códigos e mensagens, mas, sobretudo porque ele também era um criador de programas de realidade virtual, um perito capaz de rivalizar com a própria Matrix e competir com ela. Por ter um poder semelhante ao dela, Neo sempre desconfiou que a realidade não era exatamente tal como se apresentava. Sempre teve duvidas sobre a realidade percebida e secretamente questionava o que era a Matrix. Essa interrogação o levou a vasculhar os circuitos internos da maquina (tanto assim que começou a ser perseguido por ela como alguém perigoso) e foram suas incursões secretas que o fizeram ser descoberto por Morfeu.
Por que Sócrates é considerado o "patrono da Filosofia"? Porque jamais se contentou com as opiniões estabelecidas, com os preconceitos de sua sociedade, com as crenças inquestionadas de seus conterrâneos. Ele costumava dizer que era impelido por um espírito interior (como Morfeu instigando Neo) que o levava a desconfiar das aparências e procurar a realidade verdadeira de todas as coisas. Sócrates andava pelas ruas de Atenas fazendo aos atenienses algumas perguntas: "O que é isso em que você acredita?", "O que é isso que você esta dizendo?", "O que é isso que você esta fazendo?". Os atenienses achavam por exemplo, que sabiam o que era justiça. Sócrates lhes fazia perguntas de tal maneira sobre a justiça, embaraçados e confusos, chegavam a conclusão de que não sabiam o que ela significava. Os atenienses acreditavam que sabiam o que era coragem. Com suas perguntas incansáveis, Sócrates os fazia concluir que não sabiam o que significava a coragem. Os atenienses acreditavam também que sabiam o que eram a bondade, a beleza, a verdade, mas um prolongado dialogo com Sócrates os fazia perceber que não sabiam o que era aquilo que acreditavam.
A pergunta "O que é?" era o questionamento sobre a realidade essencial e profunda de uma coisa para alem das aparências e contra as aparências. Com essa pergunta, Sócrates levava os atenienses a descobrir a diferença entre parecer e ser, entre mera crença ou opinião e verdade.
Sócrates era filho de uma parteira. Ele dizia que sua mãe ajudava o nascimento dos corpos e que ele também era um parteiro, mas não de corpos e sim de almas. Assim como sua mãe lidava com a matrix corporal, ele lidava com a matrix mental, auxiliando as mentes a libertar-se das aparências e buscar a verdade.
Como os de Neo, os combates socráticos eram também combates mentais ou de pensamentos. E enfureceram de tal maneira os poderosos de Atenas que Sócrates foi condenado a morte, acusado de espalhar duvidas sobre as idéias e os valores atenienses, corrompendo a juventude.
O paralelo entre Neo e Sócrates não se encontra apenas no fato de que ambos são instigados por "espíritos" que os fazem desconfiar das aparências nem apenas pelo encontro com um oráculo e o "Conhece-te a ti mesmo" e nem apenas porque ambos lidam com matrizes. Podemos encontrá-lo também ao comparar a trajetória de Neo até o combate final no interior da Matrix e em uma das mais celebres e famosas passagens de um escrito de um discípulo de Sócrates, o filósofo Platão. Essa passagem encontra-se numa obra intitulada A Republica e chama-se "O mito da caverna".
Monólogo das Mãos
de Ghiaroni
Para que servem as mãos?
As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder,
ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar,
confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar,
acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir,
reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever......
As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau,
salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário;
Múcio Cévola queimou a mão que, por engano não
matou Porcena;
foi com as mãos que Jesus amparou Madalena;
com as mãos David agitou a funda que matou Golias;
as mãos dos Césares romanos decidiam a sorte dos
gladiadores vencidos na arena;
Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência;
os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos
vermelhas como signo de morte!
Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os
outros Judas não encontram.
A mão serve para o herói empunhar a espada e
o carrasco, a corda; o operário construir e o burguês destruir;
o bom amparar e o justo punir; o amante acariciar e o ladrão roubar;
o honesto trabalhar e o viciado jogar.
Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor
ou uma granada, uma esmola ou uma bomba!
Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!
As mãos fazem os salva-vidas e os canhões; os remédios
e os venenos; os bálsamos e os instrumentos de tortura,
a arma que fere e o bisturi que salva.
Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas
protegemos a vista para ver melhor.
Os olhos dos cegos são as mãos.
As mãos na agulheta do submarino levam o homem
para o fundo como os peixes; no volante da aeronave
atiram-nos para as alturas como os pássaros.
O autor do "Homo Rebus" lembra que a mão foi o primeiro
prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida;
a primeira almofada para repousar a cabeça,
a primeira arma e a primeira linguagem.
Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.
A mão aberta,acariciando, mostra a bondade; fechada
e levantada mostra a força e o poder; empunha a espada
a pena e a cruz!
Modela os mármores e os bronzes; da cor às telas
e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia
nas formas eternas da beleza.
Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza;
doce e piedosa nos afetos medica as chagas, conforta
os aflitos e protege os fracos.
O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão
de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento
de felicidade.
O noivo para casar-se pede a mão de sua amada;
Jesus abençoava com a s mãos;
as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as
mãos as cabeças inocentes.
Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica,
ainda por muito tempo agitando o lenço no ar.
Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.
E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.
E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.
E as mãos dos amigos nos conduzem...
E as mãos dos coveiros nos enterram!
Epitáfio
Titãs
Composição: Sérgio Britto
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração...
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...
O presidente americano, Barack Obama, anunciou nesta segunda-feira o fim de várias restrições para pesquisas com células-tronco feitas com verbas federais.
"Milagres médicos não acontecem simplesmente por acidente", disse ele ao fazer o anúncio que representa uma grande mudança na política americana.
O ex-presidente George W Bush tinha bloqueado o uso de qualquer verba federal para pesquisas com linhagens de células-tronco criadas depois de 9 de agosto de 2001.
Analistas afirmam que a decisão de Obama também pode levar o Congresso americano a suspender uma outra proibição, a de gastar o dinheiro de impostos para criar embriões.
Clonagem humana
"Não posso garantir que encontraremos os tratamentos e as curas que procuramos", disse Obama.
"Mas prometo que vamos procurá-los, ativamente, com responsabilidade e com a urgência necessária para compensar o terreno perdido", disse ele, se referindo ao ator e ativista em defesa do uso de células-tronco, Christopher Reeve.
Obama ordenou que órgãos de saúde formulem, dentro de 120 dias, diretrizes sobre como as pesquisas federais devem proceder sobre células-tronco que são produzidas em laboratórios privados.
Mas Obama disse que não permitirá que a pesquisa com células-tronco estude a clonagem humana que, segundo ele, "não tem espaço na nossa ou qualquer sociedade".
Polêmica ética
A proibição, conhecida como Emenda Dickey-Wicker, existe desde 1996 e é renovada todo ano pelo Congresso.
Células-tronco são células com a capacidade de se transformarem em outro tipo de célula humana, células de ossos, músculos ou nervosas, por exemplo.
Um embrião pode fornecer um estoque sem limites destas células. Mas o uso de células-tronco de embriões humanos em pesquisas é um assunto polêmico e alguns ativistas acreditam que isto não seria ético.
Cientistas afirmam que estas pesquisas podem levar a grandes avanços médicos, mas muitos grupos religiosos são contra.
A prática de criar embriões é rotineira em clínicas particulares, mas a proibição vigente nos Estados Unidos coloca obstáculos para pesquisas federais até mesmo antes das restrições impostas por Bush, o que obrigou os cientistas a usar embriões que sobraram de tratamentos de fertilização.
A proibição do uso de verbas federais significava que cientistas eram obrigados a separar qualquer pesquisa de células-tronco com verbas particulares de suas atividades financiadas pelo governo.
Interferência política
Correspondentes afirmam que a mudança é parte de um compromisso de Barack Obama, de deixar claro que seu governo quer que a pesquisa científica fique livre de interferências políticas.
Obama deixou claro durante sua campanha presidencial que, se eleito, iria reverter a decisão do governo Bush, que vetou duas vezes as tentativas do Congresso de suspender a proibição.
"Acredito que as restrições impostas pelo presidente Bush para o financiamento de pesquisas com células tronco de embriões humanos algemaram nossos cientistas e prejudicaram nossa capacidade de competir com outros países", disse Obama durante a campanha.
O presidente George W. Bush e outros conservadores argumentavam que os embriões são vivos, humanos, e por isso não deveriam ser destruídos.
De acordo com o correspondente da BBC em Washington Kevin Connolly, assim como Bush, Obama tem crenças cristãs profundas, mas prefere definir a questão nos termos de restaurar a integridade científica ao governo.
Em uma entrevista à BBC em janeiro, Robert Evans, pastor e estudioso de bioética, afirmou que será contra qualquer medida que permite o uso de verbas federais para novas linhagens de células-tronco.
"O que (a medida) indica é que foi negado ao embrião humano o direito à vida", disse.
Máquina de lavar fez mais pela mulher do que a pílula, diz Vaticano
Publicidade da Reuters, na Cidade do Vaticano
O jornal do Vaticano, "L'Osservatore Romano", publicou artigo neste fim de semana no qual afirma que a máquina de lavar talvez tenha feito mais pela liberação da mulher no século 20 do que a pílula anticoncepcional ou o acesso ao mercado de trabalho. A declaração faz parte de um artigo em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
O artigo, intitulado "A Máquina de lavar e a liberação das mulheres --ponha detergente, feche a tampa e relaxe".
"O que no século 20 fez mais para liberar as mulheres ocidentais?", questiona o artigo, escrito por uma mulher. "O debate é acalorado. Alguns dizem que a pílula, alguns dizem que o direito ao aborto, e alguns [dizem que] o direito a trabalhar fora de casa. Alguns, porém, ousam ir além: a máquina de lavar."
O texto então conta a história da máquina de lavar, desde um modelo rudimentar de 1767 na Alemanha, até os modernos equipamentos com os quais a mulher pode tomar um capuccino com as amigas enquanto a roupa é lavada.
O artigo cita as palavras da feminista americana Betty Friedan, que, em 1963, descreveu "o momento sublime de poder trocar a roupa de cama duas vezes por semana em vez de uma só".
Segundo o texto, embora os primeiros modelos fossem caros e pouco confiáveis, a tecnologia evoluiu a tal ponto que há agora "a imagem da super mulher, sorrindo, maquiada e radiante entre os equipamentos de sua casa".
Qual a sua opinião /ideia sobre o envolvimento da Igreja no debate sobre o aborto?
Igreja x aborto
Os recentes debates sobre os limites da lei para casos de aborto tem sido marcados pela forte participação da Igreja Católica, que combate a prática como uma agressão contra o direito à vida.
A posição da Igreja é alvo de críticas de setores da sociedade que defendem a abordagem do assunto como um tema de saúde pública e liberdade individual.
Nos últimos dias, causou polêmica no Brasil a decisão do arcebispo de Olinda e Recife de excomungar a mãe, os médicos e todos os outros envolvidos no aborto realizado em uma menina de nove anos que havia engravidado. Segundo a polícia, o padrasto confessou ter abusado sexualmente da menina.
E você, o que pensa sobre a participação da Igreja Católica no debate sobre o aborto? Envie sua opinião / ideia e participe do debate!
Responda com sinceridade as questões abaixo:
1. Você faz sexo, na maioria das vezes, quando brota desejo:
a) em você
b) em ambos
c) no(a) seu (sua) parceiro(a)
d) não sei informar
2. O que faz você desistir de sexo?
a) depende
b) precisa ser algo muito forte mesmo
c) basta um pequeno empecilho
d) não sei informar
3. Se você percebe certa "insinuação" de seu (sua) parceiro(a), dando a entender que quer sexo, isso lhe provoca:
a) expectativa boa
b) ânimo
c) empenho para não decepcionar
d) nenhuma das anteriores
4. Se, por alguma razão, aquela relação "anunciada" não vai mais acontecer, isso lhe causa:
a) inquietação
b) mau humor
c) decepção
d) nenhuma das anteriores
5. Das alternativas abaixo, assinale qual delas SEMPRE faz parte do seu ato sexual:
a) beijos entusiasmados
b) perda da noção do tempo
c) sensação de prazer
d) nenhuma das anteriores
6. Durante o ato sexual você geralmente reage com:
a) algum entusiasmo desde o começo
b) muito entusiasmo desde o começo
c) algum entusiasmo quase no final
d) sem entusiasmo
7. As suas sensações mais freqüentes, após o ato sexual são:
a) vontade de ficar junto
b) realização
c) relaxamento
d) nenhuma das anteriores
8. O que você mais teme no relacionamento sexual:
a) apegar-se ao(à) parceiro(a)
b) depender do sexo com aquela pessoa
c) envolver-se afetivamente
d) nada temo
Resultado:
Pontue suas respostas:
letra a - 2 pontos
letra b - 3 pontos
letra c - 1 ponto
letra d - 0 ponto
Agora some e confira o resultado:
De 0 a 8 - Você normalmente faz sexo sem vontade.
De 9 a 15 - Para você, só precisa começar o sexo para que a vontade apareça...
De 16 a 24 - Quando você faz sexo, é porque está com vontade MESMO!
(*Teste elaborado pela psiquiatra Carmita Abdo do Hospital das Clínicas/USP)
Um pouco mais sobre Hamilton Naki
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Olá pessoal,
O amigo que nos enviou este arquivo mencionou um filme sobre Hamilton
e disse que é fantástico emocionante "Quase Deuses". Nunca havia
ouvido falar de Hamilton antes, deve ser uma lição de vida que vale a
pena assistir!
SAUDAÇÕES!